v. 13 (2025): REVISTA SUSTINERE - EDIÇÃO SUPLEMENTAR 1

Primeira Edição Suplementar da Revista SUSTINERE no ano de 2025, temática, resultante experiências do Programa Residência Pedagógica nas escolas públicas no município de Humaitá. Edição organizada pelos Professores Renato Abreu Lima e Darivanda da Silva Costa, da Universidade Federal do Amazonas - UFAM.
O município de Humaitá situa-se ao sul do Estado do Amazonas, à margem esquerda do Rio Madeira, o que contribui para sua importância econômica e cultural na região. Engloba uma extensa área territorial com 33.071,67km2, apresentando uma população diversificada, com em torno de 57. 473 habitantes, e limita-se com os municípios de Tapauá e Canutama ao oeste, Manicoré ao norte, leste e oeste, e o estado de Rondônia ao sul (IBGE, 2024). Está a cerca de 675 km, aproximadamente, da cidade de Manaus (AM) e 200 km, aproximadamente, da cidade de Porto Velho (RO).
A posição geográfica de Humaitá é estratégica, pois serve como um importante ponto de conexão entre diversas comunidades ribeirinhas e outras cidades da região. Assim, está situada em uma área de transição entre a floresta amazônica e as regiões mais abertas do Brasil. Essa posição favorece a biodiversidade local e a presença de diversas comunidades ribeirinhas que dependem dos recursos naturais da região. Além disso, a cidade é um ponto de passagem para quem viaja entre o sul do Amazonas e outras partes do estado, facilitando o escoamento de produtos e o acesso a serviços.
Humaitá está situado em uma área de floresta tropical, caracterizada por uma rica biodiversidade e de acordo com os critérios de classificação de Köppen, o clima da região é caracterizado como tropical úmido, típico da Amazônia. Assim, o clima apresenta uma estação chuvosa bem definida, o que influencia a vida cotidiana dos habitantes e as atividades econômicas, como a agricultura e a pesca que são fundamentais para a subsistência da população local. Ademais, a cidade é cercada por uma paisagem natural exuberante, com rios, igarapés e uma vegetação densa, que atraem tanto moradores quanto visitantes interessados em explorar a natureza.
Vale ressaltar que o sistema educacional como um todo passa por problemas, muitos desses, estão relacionados com as práticas educativas que muitas vezes não conseguem despertar o interesse dos alunos pela profissão docente. Dentro dessa perspectiva, ao relacionar essa forma de ver o processo, a formação docente financiada por inúmeros projetos e iniciativas financiadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que até 2007 era voltada para a pós-graduação e à pesquisa, no entanto, a partir de 2020, lançou um programa voltado para a formação docente, apoiando os cursos de graduação a nível de licenciatura, criando o Programa Residência Pedagógica (PRP).
Este dossiê temático foi inspirado a partir do desenvolvimento do Programa Residência Pedagógica – PRP, na área específica de Biologia. No qual levou a abordar a temática na formação inicial de universitários da UFAM e professores da rede pública em três escolas estaduais no município de Humaitá-AM. Diante das observações e atividades desenvolvidas, buscou-se externar os impactos positivos/negativos proporcionados pelo PRP durante a formação acadêmica no Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente IEAA/UFAM.
Considerando assim que a escola pode ser uma das principais fontes de acesso à informação, transformando a vida, possibilitando alcançar sonhos. De modo que se deve discutir os impactos que a educação tem na vida das pessoas, possibilitando ocupar seu espaço social com respeito, propiciando experiências para que os acadêmicos compreendam os desígnios da profissão e ressignifique as diversas áreas que compõem as especificidades do curso, as quais deverão ser exercidas habilmente por este profissional ao se inserir no mercado de trabalho.
Figura 1. Mapa de localização geográfica do Município de Humaitá, indicando as três escolas pesquisadas
Fonte: Organizadores da Edição.