Edições anteriores
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Pensamento Poético: Epistemologias, Metodologias e Narrativas Artísticas na Pesquisa e no Ensino
v. 10 n. 2 (2024)Neste Dossiê, reunimos investigações que se dediquem a tensionar a noção unívoca de racionalidade e convoquem outros modos de elaborar o mundo, a partir da pluralidade, da conexão e da invenção. Trabalhos que expressem procedimentos metodológicos de pesquisa e ensino, bem como formas narrativas atravessados pela arte enquanto um modo de saber. Nos interessou ainda, investigar o conceito de rigor quando associado a dimensão do poético, visto que a pesquisa com arte não é uma prática sem critérios onde valeria qualquer coisa. Vinci afirma que “a imbricação da noção de rigor com a de sensibilidade produz um efeito imprevisto. O rigor, tomado até então como um dos lastros do saber científico, adquire uma faceta inesperada (...) não lidamos mais com o rigor dos rígidos homens de saber, daqueles que, munidos de seus instrumentos, buscam descobrir a verdade encoberta do mundo” (Vinci, 2018, p. 273). Seria então “o rigor dos poetas, os tradutores de mundo, aqueles preocupados em experimentar novas relações impensadas e, extrair destas uma alegria vital” (Vinci, 2018, p.273). No lugar de rigor que é sinônimo de rigidez, queremos refletir a natureza de um rigor em ensino e pesquisa que seja, sobretudo, compromisso com a vida e, portanto, com a dimensão do processo.
Agradecimentos especiais às organizadoras Priscilla Menezes (Escola de Educação da UNIRIO, artista, professora, coordenadora do projeto de pesquisa "Investigar o Poético: ensaios metodológicos, experimentações narrativas" e pesquisadora do grupo FRESTAS/UNIRIO) e Raíssa Cortat (Pedagoga, Mestranda em Educação pelo PPGEdu/UNIRIO, pesquisadora do projeto de pesquisa "Investigar o Poético: ensaios metodológicos, experimentações narrativas" e do grupo FRESTAS/UNIRIO) e ao artista da capa Bruno Bittencourt (Biblioteconomia/UNIRIO, Bolsista de Iniciação Científica, membro do projeto de pesquisa "Investigar o Poético: ensaios metodológicos, experimentações narrativas" e pesquisador do grupo FRESTAS/UNIRIO).
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Os Direitos Humanos e a Liberdade de Ensinar, Aprender e Pesquisar
v. 10 n. 2 (2024)Os ataques à liberdade de aprender e ensinar, por um lado, à educação básica e ao ensino superior, e, por outro, ao fazer pesquisas de forma crítica sobre questões fundamentais, são cada vez mais frequentes e têm graves consequências para acadêmicos/as, professores/as estudantes e a sociedade em geral. Embora essas dinâmicas repressivas possam ocorrer em contextos democráticos com padrões relativamente altos de direitos humanos, isso se agrava em contextos de crises políticas e econômicas, resultando no fechamento de espaços de ação e expressão no campo do ensino e da pesquisa, e em fortes desigualdades sociais e/ou conflitos armados que colocam acadêmicos e estudantes em situações graves de risco e vulnerabilidade.
Em um cenário recente, marcado pelo avanço do neoconservadorismo/ ultraconservadorismo, do anti-intelectualismo e de segmentos anticientíficos em escala transnacional, vimos que muitos desses ataques - que assumem várias formas, desde perseguição, agressão e assédio nas redes ou em espaços públicos até ameaças e agressões físicas concretas, incluindo graves violações de direitos humanos - são realizados tanto por agentes estatais, como por agentes não estatais, incluindo grupos extremistas, forças policiais e militares, autoridades governamentais, grupos políticos, entre outros. Esses ataques prejudicam sistemas educacionais inteiros, pondo em risco a qualidade do ensino e da pesquisa; e limitam os espaços de diálogo da sociedade para pensar, questionar e compartilhar ideias, bem como a sua autonomia para produzir novos conhecimentos que contribuam para o desenvolvimento em vários campos: - científico, social, econômico, etc. com vistas à construção de sociedades mais inclusivas, diversificadas e democráticas. Em suma, ao minar a capacidade única da educação de impulsionar o desenvolvimento social, político, cultural e econômico de uma sociedade eles afetam a todas as pessoas.
O objetivo desta edição especial é debater sobre os principais desafios acerca do ensinar e pesquisar neste contexto de cerceamento e contribuir com reflexões que possam fortalecer e aprofundar a liberdade acadêmica, incluindo a defesa do direito de ensinar e aprender em diferentes níveis de educação (básico, intermediário, superior), bem como de realizar pesquisas essenciais para o desenvolvimento científico e social. Ao mesmo tempo, este dossiê convida à reflexão sobre como as normas, padrões e boas práticas de direitos humanos podem se tornar instrumentos para a defesa da educação, e da liberdade acadêmica e de pesquisa, visto que são pilares fundamentais para a construção de sociedades mais democráticas.Agradecimentos especiais às organizadoras Amanda Mendonça (Faculdade de Formação de Professores – FFP / UERJ) e Rosario Figari Layús (Universidade Justus-Liebig de Giessen) e ao artista da capa Marcus Paulo Pacheco Silva (Faculdade de Formação de Professores – FFP / UERJ).
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Didática e Formação de Professores no Enfrentamento das Contrarreformas Neoliberais II - Edição Especial
v. 10 (2024)A idealização do vigésimo primeiro ENDIPE foi demarcada pela pandemia da covid-19, que foi decretada em março de 2020 pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A disseminação causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) trouxe disparidades sociais, além de suscitar tensões democráticas e de direitos humanos. Dada a perspectiva de que o mundo não voltaria a ser como antes, o que muitos chamaram de “novo normal”, o âmbito social passou por intensas transformações de saúde pública, política, econômica e educacional (SARAIVA, TRAVERSINI E LOCKMANN, 2020).
Diante desse contexto de aversões, o XXI ENDIPE foi pensado para atender de modo remoto, com transmissão em tempo real por plataforma de videoconferência e plataforma de vídeos online no período de 20 a 27 de novembro de 2022. A instituição responsável pela organização foi a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em parceria com a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), a Universidade Federal de Catalão (UFCat), o Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e a Universidade de Uberaba (UNIUBE).
É importante destacar o ENDIPE como espaço científico que abrange diferentes níveis e etapas, desde a educação básica ao ensino superior. Com edições que ocorrem bianualmente, o evento articula experiências e reflexões entre docentes, discentes, especialistas e pesquisadores/as de múltiplos espaços e instituições nacionais e internacionais, tendo como objetivo a área da didática.
Nessa direção, tomando a didática e as práticas de ensino vinculadas à garantia de direitos, retomamos o objetivo deste Dossiê Temático que apresenta um coletivo de pesquisas e resultados que envolvem debates contemporâneos na área da Educação com foco nas instâncias das contrarreformas neoliberais. Sobretudo o Dossiê fala da esperança diante dos contextos de limitação de condições e sentidos.
Assim, o XXI ENDIPE apresenta pesquisas e resultados, entre outros aspectos, relacionados ao ensinar e aprender, pontuando a formação docente, o currículo educacional, a didática e as práticas de ensino.
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20 anos da Lei 10.639: Conversas Curriculares Entre Saberes, Práticas e Políticas Antirracistas II
v. 10 (2024)Buscamos neste Dossiê, agora com um segundo volume, colocar em conversação diferentes criações tecidas a partir da implementação da Lei 10.639, vislumbrando compor uma constelação de artigos que orientem para outros possíveis, referenciados por e referenciando epistemologias negras. Nos cotidianos escolares e para além deles, muitas são as redes de sujeitos que se desafiam na construção de modos outros de ser, estar, se relacionar, educar e viver, os quais afirmam a negritude como potência de existência, como força e riqueza ancestrais afirmativas do povo negro.
Agradecimento especial aos organizadores Allan Rodrigues (UFRJ/UNESA), Patrícia Baroni (UFRJ) e Rafael Honorato (UEPB) e ao artista Marcus Paulo Pacheco (UERJ) pelo design da capa do Dossiê.
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Didática e Formação de Professores no Enfrentamento das Contrarreformas Neoliberais
v. 9 n. 3 (2023)Dossiê: Didática e Formação de professores no enfrentamento das contrarreformas neoliberais
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Edição Especial - Cuerpos en la Encrucijada
v. 9 (2023)"Cuerpos en la Encrucijada" é a edição especial de 2023, onde trouxemos a organizadora convidada Margarita María Uribe-Viveros, professora da Institución Universitaria de Envigado (IUE), na Colômbia. Este dossiê é uma homenagem à encruzilhada em dois sentidos: o primeiro, histórico, centrado na encruzilhada que tem sido para nós a realização de trocas e cooperação entre colegas e instituições, realizadas na Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e educação da Instituição Universitária de Envigado, Colômbia, durante os últimos 7 anos. Neste período de sete anos reunimos acadêmicos e artistas dedicados ao corpo, para pensar em, sobre e a partir do corpo, num percurso variado de investigação, cujos resultados foram publicados em diversos formatos.
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20 anos da Lei 10.639: Conversas Curriculares Entre Saberes, Práticas e Políticas Antirracistas
v. 9 n. 2 (2023)Buscamos neste Dossiê, colocar em conversação diferentes criações curriculares tecidas a partir da implementação da Lei nº10.639/03 e das ações afirmativas, vislumbrando compor uma constelação de artigos que orientem para outros possíveis, referenciados por e referenciando epistemologias negras. Nos cotidianos escolares e para além deles, muitas são as redes de sujeitos que se desafiam na construção de modos outros de ser, estar, se relacionar, educar e viver, os quais afirmam a negritude como potência de existência, como força e riqueza ancestrais afirmativas do povo negro.
Agradecimento especial aos organizadores Allan Rodrigues (UFRJ/UNESA), Patrícia Baroni (UFRJ) e Rafael Honorato (UEPB) e ao artista Marcus Paulo Pacheco (UERJ) pelo design da capa do Dossiê.
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Janeiro/Abril - Processos formativos na docência de professores (as) que ensinam matemática na Educação Infantil e/ou nos anos iniciais do Ensino Fundamental
v. 9 n. 1 (2023)Publicado em 31 de março de 2023. -
Setembro/Dezembro - Educação especial numa perspectiva inclusiva, acessibilidade e inovação tecnológica
v. 8 n. 3Publicado em 7 de dezembro de 2022. -
Edição especial - Dossiê do II Seminário Internacional Gêneros, Sexualidades e Educação na Ordem do Dia - Interseccionalidades em (Re)Existências
v. 8 (2022)Publicado em 13 de novembro de 2022.
A Edição Especial intitulada Dossiê do “II Seminário Internacional Gêneros, Sexualidades e Educação na Ordem do Dia - Interseccionalidades em (Re)Existências” foi pensada para apresentar os resultados das palestras e minicursos que ocorreram no seminário que ocorreu no mês de agosto de 2021.
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Maio/Agosto - Outras educações: saberes e conhecimentos das populações racializadas em contextos de reexistência
v. 8 n. 2 (2022)Publicado em 5 de setembro de 2022. -
Janeiro/Abril - Por uma pedagogia macunaímica: infâncias, estudos decoloniais e resistências plurais na contemporaneidade
v. 8 n. 1 (2022)Publicado em 11 de fevereiro de 2022.
Inspirado na irreverência de Pagu, resistindo antropofagicamente em tempos sombrios com águas turvas pela barbárie genocida à brasileira, o presente dossiê se propõe a homenagear de forma direta os 25 anos do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Diferenciação Sociocultural (GEPEDISC), linha Culturas Infantis, sediado na Faculdade de Educação da UNICAMP/SP e coordenado pela professora doutora Ana Lúcia Goulart de Faria. E, de forma indireta, homenageia o centenário da Semana de Arte Moderna (1922-2022), compreendendo a importância e as ressonâncias que o Movimento Modernista - sobretudo a obra do poeta-escritor, educador e pensador Mário de Andrade - teve e tem nos percursos de trabalho e pesquisa do GEPEDISC- Culturas Infantis.
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Setembro/Dezembro - Relatos, experiências e produção acadêmica
v. 7 n. 3 (2021)Publicado em 20 de dezembro de 2021. -
Maio/Agosto - História das Mulheres e Educação: perspectivas de pesquisa e formação de professores
v. 7 n. 2 (2021)Publicado em 17 de novembro de 2021. -
Janeiro/Abril - Pedagogias vitais: corpo, desejo e educação
v. 7 n. 1 (2021)Publicado 12 de março de 2021.
O dossiê se propõe a reunir diferentes perspectivas, experiências e ações educativas - formais e não formais - de educação no Brasil, na Argentina e outros países da América Latina que se desafiam no caminho de um educar que traz presente o corpo, o desejo, a relação, não como objetivo a alcançar, senão como prática cotidiana e contemporânea: é agora, já, tecida no corpo a corpo entre sujeitos. Dessa forma, o dossiê busca dar a ver movimentos de afirmação locais, que se apresentam em forma de projetos pedagógicos, ações e aulas pensadas e vividas desde a invenção, a liberdade, a solidariedade, a partilha, encontro, o acontecimento.
Interessam, aqui, experiências vitalizadas, educação como processo de transformação, conversação, performance, descolonização do ser e do saber, indisciplina contra o “assim das coisas”, toda vez que ele afirmar colonialidades, subalternidades e normatizações. Buscamos uma escola ou, mais ainda, uma educação que re-existe na partilha do sensível, na afirmação de corpos e existências transviadas, isto é, que burlam das normais, sublinham suas singulares formas de ser e estar no mundo, seu estar sendo.
Portanto, trata-se de potencialização de narrativa vitais, eróticas com a escola, com e desde o educativo: experiências nas quais os sujeitos estão com seus corpos, presenças, biografias, desejos, trajetórias, preconceitos, pontos de vista. Educação como conversação-tensão-invenção-inquietação. Narrativas de movimentos que têm na corporalidades, na presença que vibra e na existência que afirma formas de ser educação, de ser vida.
O que têm a nos ensinar experiências anticoloniais, vitais, eróticas e desejantes de educação hoje? O que docentes e estudantes têm criado junto, nos cotidianos da escola e fora delas, desde os afetos, corpo e desejos? Que afirmações e lutas o diálogo com matrizes epistêmicas tão múltiplas como os Estudos Surdos, Estudos Culturais, Filosofia das Diferenças, Pedagogia das Diferenças, Descolonialidade, Teoria Cuir - entre outros – nos permitem seguir fazendo?
Convidamos todes a compor este dossiê conosco, partilhando experiências e acontecimentos educativos que nos provocam ao deslocamento, ao indagar, a imaginar, narrar e inventar outros mundos educativos possíveis.
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Itinerâncias entre Michel Foucault e educação
v. 6 n. 3 (2020)Dossiê Itinerâncias entre Michel Foucault e educação -
Laicidade e educação em tempos conservadores
v. 5 n. 2 (2019)Em meio a uma conjuntura conservadora, consideramos imprescindível a organização de um Dossiê que defenda a laicidade do Estado e da educação pública brasileira. Entende-se que o conservadorismo é uma visão social de mundo cujo discurso se baseia no estilo de pensamento conservador, que por sua vez se fundamenta no tradicionalismo inventado, para construir uma agenda política que se baseia na desigualdade social.
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GÊNERO, SEXUALIDADES E EDUCAÇÃO EM SISTEMAS DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE
v. 5 n. 1 (2019)As experiências do encarceramento entre mulheres e homens são vivenciadas de maneira distinta no cotidiano dos presídios ou de centros que atendem adolescentes autor@s de atos infracionais. Múltiplos fatores podem ser levados em consideração nestas diferenças, entre eles os das especificidades conferidas aos papéis masculinos e femininos, dadas as particularidades culturais, e as de valores do conjunto de elementos que aparelham o sistema de privação de liberdade.
Assim, a proposta deste dossiê temático é ampliar essa discussão para além dos estudos clássicos que relacionem criticamente Estudos de gênero, sexualidades e Educação em sistemas de privação de liberdade, de modo a apresentar um conjunto de saberes que propiciem a discussão e a reflexão, articuladas entre as teorias e as práticas de suas realidades. -
Dossiê 50 anos da Pedagogia do Oprimido: Movimentos de opressões e emancipações contemporâneas na América Latina e África
v. 4 n. 2 (2018)Dossiê 50 anos da Pedagogia do Oprimido: Movimentos de opressões e emancipações contemporâneas na América Latina e África
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DOSSIÊ – GÊNERO, SEXUALIDADES, POLÍTICA E EDUCAÇÃO
v. 3 n. 1 (2017)DOSSIÊ – GÊNERO, SEXUALIDADES, POLÍTICA E EDUCAÇÃO -
ARTES DE SER PROFESSOR: PRÁTICAS, CRIAÇÕES E FORMAÇÕES
v. 2 n. 1 (2016)V. 2, n. 1, fevereiro-maio de 2016. Dossiê "Artes de ser professor: práticas, criações e formações".