FRESTAS PARA (RE)ENCANTAR CORPOS D[IS/O]CENTES: POR UMA EDUCAÇÃO QUE LECIONE ANDORINHAS

Resumo

Apostamos, nas linhas que seguem, que a relação entre Educação, Arte e Formação Docente é primordial na proposição de uma Educação Infantil que seja ebulicionadora das infâncias, que garanta os direitos infantis e potencialize os conhecimentos construídos com e pelas crianças. Diante disso, defendemos um fazer com arte, tanto na formação docente, quanto na discente, pois compreendemos que o modo como o conhecimento é mobilizado em nós, impacta a forma como propiciamos a construção de conhecimento nas/das/pelas crianças com as quais convivemos. Essa hipótese é afirmada a partir da apresentação de um curso de extensão que visa (re)encantar corpos docentes e, consequentemente, discentes – assim desejamos. Uma formação entendida como forma de ação e que inaugure uma educação fresteira, que abre frestas à dimensões vitalizadoras e princípios inegociáveis, atuando na contramão dos saberes hegemônicos e práticas neoliberais. Assim, não só semeamos, como temos visto germinar a vitalização da potência criativa e criadora das crianças, a partir do cultivo destas dimensões nas/nos professoras/es, tendo na arte, no corpo e no movimento dispositivos sensíveis para a composição de um ethos do cuidado.