Não há racismo sem adultocentrismo: notas sobre uma pátria pai hostil
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2023.64824Palavras-chave:
Lógica Exúlica, adultocentrismo, interseccionalidade, crianças de terreiro e infância.Resumo
O ensaio apresenta uma discussão acerca dos conceitos de interseccionalidade, descolonização e infância, por meio da lógica exúlica, destacando a concepção de infância como uma categoria de estado, portanto, de trânsito. Assim, traça algumas analogias para a discussão do conceito de “pátria pai hostil” com aportes de Mário de Andrade e Altay Veloso. Para tanto, denuncia que mesmo com a banalização das mortes das crianças negras, as pesquisas acadêmicas ainda não reconhecem a infância como um descritor indispensável para a compreensão da sociedade brasileira e fundamental na construção de políticas públicas para uma sociedade que se queira justa, equânime e igualitária. Destaca que na última década os Estudos com Crianças de Terreiro vem contrariando a colonialidade do poder ao afirmar a centralidade da infância e apresentando outros devires para as crianças, em especial para as crianças negras, bem como caminhos para a descolonização em função de um giro epistemológico que vai em sentido anti-horário e em favor da vida.
Palavras-chave: Lógica Exúlica; adultocentrismo; interseccionalidade; crianças de terreiro e infância.
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