não deve dar a palavra aos amigos... assim não é justo! representações das crianças sobre o gestor da palavra na comunidade de investigação filosófica

Autori

  • ana isabel santos Núcleo Interdisciplinar da Criança e do Adolescente, Universidade dos Açores.
  • magda costa carvalho Núcleo Interdisciplinar da Criança e do Adolescente, Universidade dos Açores/ IFILNOVA (Universidade Nova de Lisboa)

DOI:

https://doi.org/10.12957/childphilo.2017.27317

Parole chiave:

Filosofia para Crianças, Gestor da Palavra, Comunidade de Investigação Filosófica, Poder, Autonomia

Abstract

O presente artigo tem como objetivo a apresentação e discussão das representações das crianças acerca do papel do Gestor da Palavra (GP). Trata-se de um recurso concebido e desenvolvido no âmbito de sessões de Filosofia para Crianças, de acordo com a metodologia da comunidade de investigação filosófica (community of philosophical inquiry) de Matthew Lipman (2003) e de Ann Margaret Sharp (1987).

Designamos como “Gestor da Palavra” o membro da comunidade de investigação responsável por escolher, durante o diálogo, quem fala e quando fala. Surge como uma estratégia para envolver ativamente as crianças nos procedimentos da sessão e a sua importância estende-se até às dimensões pedagógica e filosófica da comunidade de investigação.

Adotou-se como metodologia o estudo de um caso exploratório, recorrendo-se a um inquérito por questionário para realizar o levantamento das formas de pensar das crianças.

Da análise de conteúdo do questionário, emergiram três subcategorias na definição daquilo que o GP deve e não deve fazer: cognitiva, ética e social. Destas, é a dimensão ética aquela que revela maior incidência de respostas, com implicações para dimensões fundamentais da Filosofia para Crianças como sejam a promoção do caring thinking (Lipman, 2003) e a conceção de autoridade na comunidade de investigação.

Assim, o artigo divide-se em cinco secções: a Filosofia para Crianças como área científica e como programa curricular, com incidência no conceito de “comunidade de investigação filosófica”; o GP no âmbito da comunidade de investigação; o enquadramento metodológico do estudo; a apresentação dos resultados e a respetiva discussão.

 

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Biografie autore

ana isabel santos, Núcleo Interdisciplinar da Criança e do Adolescente, Universidade dos Açores.

Doutorada em Educação pela Universidade dos Açores, Mestre em Psicologia Educacional, pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada de Lisboa e Licenciada em Educação Pré-Escolar, pela Universidad Metropolitana de Caracas, Venezuela. Docente do Departamento de Educação da Universidade dos Açores, desde 1997, leciona as áreas de Didática da Língua Portuguesa, Iniciação à Prática Profissional em Jardim de Infância e Estágio Pedagógico em Educação Pré-escolar. É membro do Núcleo Interdisciplinar da Criança e do Adolescente da Universidade dos Açores.

magda costa carvalho, Núcleo Interdisciplinar da Criança e do Adolescente, Universidade dos Açores/ IFILNOVA (Universidade Nova de Lisboa)

Docente do Departamento de História, Filosofia e Artes, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UAc. Membro do Núcleo Interdisicplinar da Criança e do Adolescente e do IFILNOVA (Instituto de Filosofia da Universidade Nova). Doutorada em Filosofia. Especialista em Filosofia para Crianças, com formação pela SAPERE (Reino Unido). Diretora do Mestrado em Filosofia para Crianças da Universidade dos Açores.

Pubblicato

2017-04-19

Come citare

SANTOS, Ana isabel; CARVALHO, Magda costa. não deve dar a palavra aos amigos... assim não é justo! representações das crianças sobre o gestor da palavra na comunidade de investigação filosófica. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 13, n. 27, p. 369–391, 2017. DOI: 10.12957/childphilo.2017.27317. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/27317. Acesso em: 9 mag. 2025.

Fascicolo

Sezione

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