(Foto)grafias infantis do cotidiano:
o zoom crianceiro que resiste
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2025.90406Palavras-chave:
educação das infâncias, fotografia, aprendizagem inventivaResumo
O artigo movimenta pensamentos sobre fotografia, infância e aprendizagens inventivas a partir das imagens capturadas por crianças de um Centro de Educação Infantil em Vitória/ES. A pesquisa, tecida em contexto pandêmico, problematiza as enunciações infantis e as imagens produzidas, tomando-as como potência na criação de sentidos para pensar currículos e modos de ser e estar no mundo. Tece fios com os pensamentos de Deleuze, Guattari, Kastrup e Leite, que nos ajudaram a pensar outros modos de aprender e produzir conhecimentos que escapam às lógicas dogmáticas. Trata-se de uma pesquisa cartográfica, realizada em redes de conversações com seis crianças, seus pais e mães, e quatro professoras. As conversações com professoras ocorreram individualmente, e com as crianças de forma coletiva, em encontros virtuais via Google Meet. O convite às famílias foi feito por e-mail, enviado pela coordenação da unidade. As câmeras foram deixadas pelas pesquisadoras nas casas das famílias, compondo com os tempos e afetos de cada casa. As imagens, ao escaparem da lógica da representação, provocaram deslocamentos e fizeram pensar outras formas de aprendizagem para além dos moldes pré-existentes. A fotografia, ao se misturar às experiências infantis, fez vibrar outras formas de estar na escola, criando brechas para composições que escapam ao que está posto e afirmam a diferença. Conclui-se que fotografar não apenas captura instantes, mas cria mundos, expandindo as possibilidades de composição entre crianças, imagens e escola.
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