Democracia em tempos de vigilância ubíqua
DOI:
https://doi.org/10.12957/rqi.2021.62818Palavras-chave:
contrato social, superávit comportamental, ideologia, governamentalidadeResumo
Pretendemos analisar o impacto na democracia das ideias de Shoshana Zuboff em Na era do capitalismo de vigilância. As corporações digitais têm interesses pragmáticos e financeiros com a coleta de informações doadas de boa vontade pelos usuários de meios de comunicação digital e redes sociais. As instituições públicas e governamentais pretendem utilizar os dados para procurar potenciais criminosos e terroristas, contudo precisam obedecer a legislação de seus países. Já as corporações são empresas globalizadas e imperialistas que costumam considerar e, eventualmente, estabelecer novos critérios legislativos nos locais em que operam, sobretudo porque os serviços que oferecem são novos, são provenientes de inovações tecnológicas recentes. A soberania e a própria ideia moderna de povo perderam substância política perante o superpoder das corporações. Cada cidadão representa agora um dispositivo de controle no capitalismo de vigilância ao mesmo tempo em que comemora os benefícios da tecnologia. Big data e inteligência artificial reduzem dramaticamente as liberdades democráticas num espaço em que a promessa de liberdade havia fomentado esperanças futuristas e libertárias. Com isso, há um novo panorama conceitual para repensar as condições da democracia.
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