A escolarização no compasso da vida: rememorações das sertanejas-idosas do Proeja
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2022.67220Palavras-chave:
história oral, memória, sertanejas-idosas, escolarização.Resumo
A pesquisa de base deste artigo aconteceu no município Piranhas, AL – um sertão à beira-rio São Francisco. O texto traz memórias de resistências partilhadas por idosas no âmbito de uma investigação que objetivou compreender, a partir das histórias e memórias, as razões da descontinuidade da escolarização das sertanejas-idosas estudantes do Proeja, bem como as motivações que impulsionaram o retorno à escola. Utilizamos a metodologia da história oral, cujas narrativas foram construídas por meio de entrevistas temáticas que propiciaram o desfiar de lembranças. Os achados da pesquisa demonstraram que as interlocutoras foram interditadas do direito à educação desde a infância, e após se casarem, precisaram assumir os serviços domésticos e assegurar o sustento da família; agregue-se ainda a ausência de escolas na região onde moravam. O estudo demonstrou também que, para além da perspectiva do direito, a educação de pessoas idosas promove melhorias na qualidade de vida e liberdade, uma vez que, o retorno à escola, vem dando-lhes novas perspectivas de vida na comunidade sertaneja.
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