ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS FONTES DE SÓDIO UTILIZADOS NO PREPARO DE REFEIÇÕES EM RESTAURANTES COMERCIAIS DE CHAPECÓ-SC
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2014.7249Palabras clave:
sódio na dieta. Alimentação coletiva. Alimentos.Resumen
Tendo em vista o elevado consumo de refeições realizadas fora do domicílio e a utilização de alimentos industrializados fontes de sódio no preparo dessas refeições, aliados à preocupação global do aumento da hipertensão arterial e dos riscos ligados a ela, o presente estudo teve por objetivo estimar a quantidade de sódio e a contribuição dos alimentos industrializados na quantificação per capita deste nutriente nas refeições em Unidades Produtoras de Refeições (UPR) comerciais por peso no centro de Chapecó-SC. Os dados foram coletados em quatro restaurantes comerciais. A coleta de dados ocorreu no mês de março de 2011. Durante um dia, em cada restaurante, verificou-se a informação nutricional de sódio de todos os alimentos industrializados fontes deste nutriente utilizados na refeição almoço das UPRs. As quantidades médias dos produtos utilizadas por semana, assim como o número médio de refeições diárias produzidas, foram informadas pelos responsáveis pela produção. Os resultados mostraram que a quantidade média de sódio per capita encontrada para a refeição almoço foi de 1,742g para os quatro restaurantes. Destes, 52,25% (0,910g de sódio) foram provenientes de alimentos industrializados fontes de sódio e 47,7% (0,805g de sódio) do sal de adição total (do usado no preparo e do adicionado pelo comensal à mesa). Salienta-se que o sódio intrínseco nos alimentos não foi considerado. Pode-se observar que a quantidade estimada de sódio oferecida nos quatro restaurantes estudados excede em mais de duas vezes o valor de ingestão considerado como recomendação para a refeição, que é 0,700g de sódio apenas para o almoço. Diante do exposto, fica evidente que é dever da UPR reduzir o uso desses alimentos na elaboração do cardápio, a fim de possibilitar a oferta de refeições nutricionalmente adequadas com relação ao teor de sal e sódio. A obrigatoriedade de um profissional nutricionista nesses estabelecimentos seria uma evolução na qualidade da saúde dos consumidores.
DOI 10.12957/demetra.2014.7249
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