Dimensões da escala brasileira de insegurança alimentar na atenção primária à saúde
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2021.56822Palabras clave:
Insegurança Alimentar. Alimentação. Serviço de Saúde. Atenção Primária à SaúdeResumen
Objetivo: Analisar a relevância das dimensões da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Método: Conduziu-se estudo a partir da linha de base com amostra representativa de usuários do Programa Academia da Saúde de Belo Horizonte-MG. A mensuração da insegurança alimentar foi obtida pela EBIA. Utilizou-se análise fatorial para identificar as dimensões da EBIA relevantes para os usuários do Programa. Resultado: Verificou-se elevada prevalência de insegurança alimentar (31,1%), sobretudo entre as famílias com menores de 18 anos (41,0%). Foi identificada redução do percentual de respostas afirmativas segundo a gravidade de insegurança alimentar implicada na questão, sendo que itens relacionados à insegurança alimentar leve (preocupação e acesso à alimentação saudável) apresentaram maior percentual de respostas afirmativas, enquanto aqueles correlatos à insegurança alimentar severa (fome e perda de peso), menores percentuais. Foram identificados três fatores relevantes da EBIA para famílias com menores de 18 anos: preocupação, privação e crianças/adolescentes; e para as demais famílias: preocupação, privação e fome. Conclusão: Sugere-se, assim, o uso da EBIA na Atenção Primária, visando avaliar o risco de insegurança alimentar e o delineamento de ações de promoção da saúde mais abrangentes.
Citas
Casemiro JP, Valla VV, Guimarães BL. Direito humano à alimentação adequada: um olhar urbano. Ciênc. Saúde Colet. 2010;15(4):2085-93.
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios: Segurança Alimentar 2004/2009. Rio de Janeiro: IBGE; 2010.
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios: Segurança Alimentar. 2ª ed. Rio de Janeiro: IBGE; 2015.
Araújo ML, Mendonça RD, Filho JD, Lopes AC. Association between food insecurity and food intake. Nutrition. 2018 Oct; 54:54–59.
Rossi M, Ferre Z, Curutchet MR, Giménez A, Ares G. Influence of sociodemographic characteristicts on different dimensions of household food insecurity in Montevideo, Uruguay. Public Health Nutr. 2017; 20(4):620-629.
Dutra LV, Franceschini SC, Morais DC, Priore SE. Insegurança alimentar e indicadores antropométricos, dietéticos e sociais em estudos brasileiros: uma revisão sistemática. Cien Saúde Colet. 2014;19(5):1475-88.
Salles-Costa, R. Diagnóstico de insegurança alimentar nos estudos populacionais: suas implicações e limitações como indicador da SAN. In: Schneider, Olivia MF (Org). Segurança Alimentar e Nutricional. Tecendo a rede de saberes. Petrópolis, RJ: Faperj, 2012. Cap.6, p. 121-138.
Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O Estado de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil. Um retrato multidimensional. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; 2014.
Barrett CB. Measuring food insecurity. Science. 2010;327:825–828.
Muñoz-Astudillo MN, Martínez JW & Quintero AR. (2010) Validación de la Escala Latinoamericana y Caribeña de Seguridad Alimentaria en gestantes adolescentes. Rev Salud Publica. 2010;12:173–183.
Costa BVL, Oliveira CL, Lopes ACS. Food environment of fruits and vegetables in the territory of the Health Academy Program. Cad Saúde Pública. 2015; 31: 159-69.
Menezes, MC. Percurso metodológico de ensaio comunitário controlado em serviço de saúde: pesquisa epidemiológica translacional em nutrição. Demetra, 2017; 12(4): 1203-1222.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n°2.681, de 7 de novembro de 2013. Redefine o Programa Academia da Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde. 2013. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2681_07_11_2013.html>. Acesso em: 01 jul 2020.
Lopes, ACS; Ferreira, AD; Mendonça, RD; Dias, MAS; Rodrigues, RCLC. Estratégia de Promoção à Saúde: Programa Academia da Cidade de Belo Horizonte. Rev Bras Ativ Fis Saúde. 2016;21(4):379-384.
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. 2013. Brazilian Economic Classification Criteria. http://www.abep.org/criterio-brasil, acesso: 1 jul 2020.
Segall-Corrêa AM, Marin-Leon L. A segurança alimentar no Brasil: proposição e usos da escala brasileira de medida da insegurança alimentar (EBIA) de 2003 a 2009. Segurança Alimentar e Nutricional, 2009;16:1-19.
Pérez-Escamilla R, Segall-Corrêa AM, Maranha LK et al. An adapted version of the US Department of Agriculture food insecurity module is a valid tool for assessing household food insecurity in Campinas, Brazil. J Nutr, 2004;134:1923–1928.
Hair JF, Anderson RE, Tatham RL, Black WC. Análise multivariada de dados. 5. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. 593p.
Urquía-Fernandes N. La seguridad alimentaria en México. Salud Pública México. 2014;56,supl.1:S92-S98.
Castanõ LSA, Isaza EJP. Situación alimentaria y nutricional en Colombia bajo el enfoque de determinantes sociales. Perspect Nut Hum. 2013;15(2):203-214.
Silva MLL. Contrarreforma da Previdência Social sob o comando do capital financeiro. Serviço Social & Sociedade. 2018;131:130-154.
Oliveira TCA, Monise VL, Raquel M. (In)Segurança alimentar no contexto da pandemia por SARS-CoV-2. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2020 [cited 2020 July 04]; 36(4):e00055220. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2020000400501&lng=en. Epub Apr 06, 2020. https://doi.org/10.1590/0102-311x00055220.
Salles-Costa R, Pereira RA, Vasconcellos MT, et al. Associação entre fatores socioeconômicos e insegurança alimentar: estudo de base populacional na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil. Revista de Nutrição, 2008; 21supl.0:S99-S109.
Borges CA, Claro RM, Martins AP, et al. Quanto custa para as famílias de baixa renda obterem uma dieta saudável no Brasil? Cadernos Saúde Pública, 2015;31(1): 137-148.
Mook K, Laraia BA, Oddo, VM, et al. Food security status and barriers to fruit and vegetable consumption in two economically deprived communities of Oakland, California, 2013–2014. Preventing Chronic Disease, 2016; 13(E21):1-13.
Figueira TR, Lopes ACS, Modena CM. Barreiras e fatores promotores do consumo de frutas e hortaliças entre usuários do Programa Academia da Saúde. Revista de Nutrição, 2016;29(1):85-95.
Food and Agriculture Organization of the United Nations. Nutrition and Food Systems. High Level Panel of Experts 12 – Committee on World Food Security, 2017.
Kubi A, Plunz R, Culligan PJ, et al. Sustainable Food Systems for Future Cities: The Potential of Urban Agriculture. The Economic and Social Review. 2014; 45(2):189–206.
Food and Agriculture Organization of the United Nations. The State of Food Insecurity in the World. Meeting the 2015 international hunger targets: taking stock of uneven progress. Rome: Food and Agriculture Organization; 2015.
Menezes MC, Lopes ACS, Araújo ML. O ambiente alimentar e o acesso a frutas e hortaliças: “Uma metrópole em perspectiva”. Saúde e Sociedade. 2017;26(3).
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
DECLARACIÓN DE RESPONSABILIDAD
Título del manuscrito: ________________________________________________________
1. Declaración de responsabilidad
Certifico mi participación en el trabajo arriba titulado y hago pública mi responsabilidad por su contenido.
Certifico que el manuscrito representa un trabajo original y que ni éste ni ningún otro trabajo de mi autoría, en parte o en su totalidad, con contenido sustancialmente similar, fue publicado o fue enviado a otra revista, ya sea en el formato impreso o en el electrónico, excepto el descrito en el anexo.
En caso de aceptación de este texto por parte de Demetra: Alimentação, Nutrição & Saúde, declaramos estar de acuerdo con la política de acceso público y derechos de autor adoptada por Demetra, que establece lo siguiente: (a) los autores conservan los derechos de autor y la concesión a la revista el derecho de la primera publicación, el trabajo se licencia simultáneamente bajo la Licencia Creative Commons Attribution, que permite compartir el trabajo con el reconocimiento de autoría y la publicación inicial en esta revista; (b) los autores están autorizados a firmar contratos adicionales por separado para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en un repositorio institucional o capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista; y (c) a los autores se les permite y alientan a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede conducir a cambios productivos, así como aumentar el impacto y la cita del trabajo publicado.
2. Conflicto de interesses
Declaro no tener conflicto de intereses con el presente artículo.
Fecha, firma y dirección completa de todos los autores.