dar infância a infância. notas para uma política e poética do tiempo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/childphilo.2021.56316

Palavras-chave:

crianças, infância, educação, época

Resumo

O texto que segue tem por objetivo colocar em discussão a ideia de discrepância entre crianças e infância no contexto de uma época governada pelos atributos da aceleração, auto-aprendizagem, conhecimento proveitoso, privilégio do cérebro, divisão entre careza e abundancia, procura de indivíduos exitosos, relação unívoca entre o saber e o utilitarismo e processos educativas partidos entre a experiência igualitária e a exigência de rendimento. A perda da infância entre as crianças é, talvez, a perda da infância na humanidade, tirando dela o tempo livre, a possibilidade de ficção, de criação, do jogo, da arte. A pergunta que o artigo percorre é, também, tentar dar conta da questão: O que supõe escutar as vozes da infância nas crianças? O que existe nelas? Como apreciá-las em tanto ponto de partida para a reinvenção de uma educação diferente? O objetivo fundamental do artigo e aquele de construir uma política e uma poética do tempo que, em sua expressão estética y ética, sinalizassem para a possibilidade de uma travessia diferente na educação para as crianças e para a infância, no sentido da existência de um tempo em que ainda, como diz o escritor Mia Couto, nunca é tarde demais.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Infancia e historia. Destrucción de la experiencia y origen de la historia. Buenos Aires: Adriana Hidalgo, 2001.

ALBA RICO, Santiago. Leer con niños. Barcelona: Penguin Random House, 2015.

ALBA RICO, S.; FERNÁNDEZ LIRIA, Carlos. El naufragio del hombre, Hondarribia: Hiru, 2010.

BARROS, Manoel de. Todo lo que no invento es falso (Antología). Traducción de Jorge Larrosa. Centro de Ediciones de la Diputación de Málaga, 2002.

BRAILOVSKY, Daniel. Pedagogía del nivel inicial: mirar el mundo desde el jardín. Buenos Aires: Noveduc, 2020.

CONCHEIRO, Luciano. Contra el tiempo. Filosofía práctica del instante. Madrid: Anagrama, 2017.

COUTO, Mia, E se Oubama fosse africano? E outras interinvenções, São Paulo, Companhia das Letras, 2011.

CRARY, Jonhatan, 24/7, Barcelona, Ariel, 2015.

HOUSTON, Nancy. Marcas de nacimiento. Barcelona: Ediciones Salamandra, 2006.

KOHAN, Walter. Infancia entre educación y filosofía. Barcelona: Laertes, 2004.

MARZANO, Michele, Programados para triunfar. Nuevo capitalismo, gestión empresarial y vida privada, Buenos Aires, Tusquets Editores, 2011.

PARDO, José Luis. Fuera de lugar / Fóra de lugar / Out of place, en: Muntadas. Estratexias do desprazamento, Santiago de Compostela, CGAC, 2018,

PAUSIDES, Alex. Habitante del viento, Montevideo: aBrace Editora, 2012.

SCHULZ, Bruno. Madurar hacia la infancia. Relatos inéditos y dibujos. Madrid: Ediciones Siruela, 2008.

SKLIAR, Carlos. Mientras respiramos (en la incertidumbre). Buenos Aires: Noveduc, 2020.

SKLIAR, Carlos. Como un tren sobre el abismo. O contra toda esta prisa. Madrid: Vaso Roto, 2019.

SZYMBORSKA, Wislawa, El gran número. Fin y principio y otros poemas, Madrid, Ediciones Hiperión, 2010.

Publicado

2021-02-27

Como Citar

skliar, carlos, & brailovsky, daniel. (2021). dar infância a infância. notas para uma política e poética do tiempo. Childhood & Philosophy, 17, 01–21. https://doi.org/10.12957/childphilo.2021.56316

Edição

Seção

infâncias e necropolítica: outros possíveis