infância, ética e amorosidade na experiência da aprendizagem
DOI:
https://doi.org/10.12957/childphilo.2016.25527Palavras-chave:
infância-criança, educação, ética, afeto, brincadeiraResumo
Apresentamos neste texto reflexões e análises pautadas nos campos filosófico e sociológico a respeito da infância e da educação das crianças, tomada a partir da relação entre os conceitos de ética, estética, afeto e amorosidade. Inicialmente, postulamos que a educação das crianças deve envolver a concepção coletiva de um plano curricular ético e afetivo, apto a acolher e explorar a força vital da infância como componente educativo fundamental. Dessa forma, avaliamos como imprescindível à consecução de tal modo afetivo de aprendizagem, a constituição de uma modalidade diferencial de interações amorosas (seja entre crianças e adultos, entre elas, e delas com o mundo e a vida), capaz de engendrar as singularidades por meio das quais o movimento ético-estético e político de uma educação para a potência da infância possa conceber-se. A partir desses encaminhamentos, nos dedicamos ao desenho dos princípios básicos capazes de sinalizar uma imagem conceitual plausível para uma educação ético-afetiva das crianças. Educação esta, orientada a assumir a brincadeira como plano de experimentação do díspar, aberto ao devir das forças de indeterminação – inerentes às relações sensíveis, imaginativas e intelectuais – que articulam social e culturalmente o ato de aprender e ensinar. Nosso esforço é o de colocar em discussão os imperativos de uma educação pautada em preceitos e práticas que tentam não eliminar ou minimizar, mas estabelecer uma relação positiva, atenta e sensível com as diferenças que a infância e as crianças forçosamente nos impõem.Downloads
Publicado
2016-11-17
Como Citar
gomes, lisandra ogg, & lopes, sammy william. (2016). infância, ética e amorosidade na experiência da aprendizagem. Childhood & Philosophy, 12(25), 543–566. https://doi.org/10.12957/childphilo.2016.25527
Edição
Seção
artigos