Educação e surdez: a língua escrita como instrumento de exclusão social
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2024.74259Palavras-chave:
educação especial, estudante surdo, língua escrita.Resumo
O texto aqui desenhado ressalta a importância de se pensar em uma educação que esteja totalmente imersa nas diferentes vivências do espaço escolar, com destaque para os inúmeros aspectos relacionados à representação da escrita. Por meio de um estudo teórico-conceitual, com caráter exploratório, por centrar-se na (re)construção de conceitos, ideias e ideologias necessários ao aprimoramento dos fundamentos teóricos já desenvolvidos sobre a temática. Deste modo, optou-se por autores que contribuíram diretamente para o desdobramento do tema citado, quais sejam: Senna (2010), Auroux (1992), Delacampagne (1995), dentre outros. Objetivou-se, então, avançar na análise de aspectos relativos às práticas escolares, com ênfase no processo de aquisição da língua escrita por educandos surdos. Tal investigação se justifica pela necessidade de analisar questões de ordem linguística, pois inclui também aspectos socioculturais. Entretanto, a predominância da Língua Portuguesa como instrumento de poder e canal único de conhecimento ultrapassa e se contrapõe às determinações legais que fortalecem o reconhecimento da língua de sinais em âmbito nacional. Os resultados deste estudo sinalizam que, no contexto escolar, muitos alunos surdos são prejudicados pela falta de estímulos adequados ao seu potencial cognitivo, sócio afetivo, linguístico e político-cultural, passando a ter perdas consideráveis no desenvolvimento da aprendizagem. Diante destas constatações, destaca-se a necessidade de se (re)pensar os métodos e/ou estratégias mais adequadas ao ensino da gramática da Língua Portuguesa para surdos, levando em conta os desafios e possiblidades de cada aprendiz.
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