LETRAMENTO E SURDEZ NO ENSINO MÉDIO: O QUE DIZEM OS PROFESSORES?
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2017.26474Palavras-chave:
Ensino Médio, Surdez, LetramentoResumo
Este estudo visa desvelar a situação atual de escolarização de alunos surdos que cursam o Ensino Médio, como também as práticas de leitura e escrita adotadas no contexto de uma escola especializada no ensino de surdos da cidade do Rio de Janeiro- RJ. Os dados foram coletados por meio de entrevista individual aplicada a um grupo de cinco professores de Língua Portuguesa. Cada entrevista foi gravada e transcrita para posterior análise. A partir das declarações obtidas, evidenciou-se que, mesmo se tratando de uma escola especializada para o ensino de surdos, os resultados referentes à apropriação da leitura e escrita desses alunos não representam grande sucesso. Existe, pois, um problema evidente que está para além da formação docente, trata-se das práticas utilizadas em sala de aula e/ou a dinâmica pedagógica pensada/disseminada para o ensino de surdos na atualidade. Diante dessa constatação, é mister um (re)pensar dos fundamentos que permeiam a escolarização desses sujeitos, levando em conta sua cultura e suas peculiaridades. Por conseguinte, é necessário a busca por práticas que mais se aproximam da sua realidade, de modo que esse aluno tenha condições de atuar assumindo seu papel enquanto cidadão pleno, tendo condições de se posicionar enquanto sujeito social. Dessa forma, foge-se de estratégias que apontam para uma padronização das diferenças, as quais dificultam a apropriação da língua escrita, uma vez que todos os alunos, sem a exceção dos surdos, necessitam de conhecimento de mundo para que possam (re)contextualizar o escrito e, daí, derivar o sentido.
DOI: https://doi.org/10.12957/teias.2017.26474
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do/a autor/a, resguardando-se os direitos de primeira publicação para a Revista Teias. Sendo esta Revista de acesso público, todos os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais, desde que citada a fonte, quando utilizados os artigos em parte ou no todo.