Temporalidades da docência na creche
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2023.72694Palavras-chave:
temporalidades, docência, crecheResumo
O presente artigo, baseado nas contribuições dos estudos sobre docência na Educação Infantil e nas discussões contemporâneas sobre o tempo enquanto marcador social, é decorrente de uma investigação que teve como objetivo compreender os modos como professoras vivenciam as temporalidades da docência na creche a partir da gestão do tempo institucional. Em tal direção, as temporalidades são entendidas, com base em Oliveira (2012), como as experiências no e com o tempo. Metodologicamente, foi realizado um estudo de caso etnográfico em uma instituição pública de Educação Infantil, com três professoras responsáveis por um grupo de crianças de 2 anos de idade. As estratégias de geração de dados foram a observação, o registro em diário de campo e a realização de entrevistas com as professoras. Após as análises, foram definidas duas unidades de discussão: 1) o tempo institucional e as temporalidades na creche; e 2) a reinvenção do cotidiano e as temporalidades da docência. Foi então possível inferir que as professoras, para além do tempo cronológico – dos horários institucionais –, vivenciam as temporalidades da docência na creche em uma perspectiva que reconhece os tempos das crianças, acolhendo suas demandas e singularidades. Os modos como as professoras lidam com os tempos na creche centram-se no cotidiano e são sustentados por formação docente, planejamento, grupo de estudos e reflexões decorrentes da documentação pedagógica. Assim, a organização institucional incide em um modo qualificado e respeitoso de atendimento às crianças na creche.
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