Representações sociais da docência no Ensino Fundamental II: percepção do professor e identidade docente
DOI :
https://doi.org/10.12957/redoc.2021.55113Mots-clés :
Identidade profissional. Representação social. Autopercepção.Résumé
Muitas inquietações emergiram acerca da representação social do professor a partir do contexto político econômico-social, em um momento do avanço da direita brasileira no plano do parlamento e da conquista do executivo federal. A polarização que marcou as eleições presidenciais de 2018 fez surgir uma espécie de “criminalização” de alguns setores sociais ou categorias profissionais por parte das novas forças políticas que surgiram das urnas, tais como artistas, jornalistas e professores. Esse “preconceito” ficou evidente nas redes sociais, sobretudo com a propagação de fake news que atribuíam aos professores um movimento de erotização de crianças e adolescentes através da prática docente nas escolas de educação básica. Em meio a essa onda conservadora de desqualificação do professor e da educação escolar, algumas reflexões sobre as políticas públicas educacionais devem ser retomadas, tais como: o sucateamento da escola de educação básica, a precariedade da formação docente e a política de valorização das atividades ligadas ao magistério. Este ensaio objetiva analisar como o professor do 6º ano do Ensino Fundamental se percebe enquanto sujeito nesse momento de polarização ideológica. Para buscar apontamentos sobre o problema levantado, realizou-se uma pesquisa qualitativa descritiva, onde se aplicou um questionário com questões discursivas e objetiva, que abordaram as percepções dos docentes sobre a figura do ser professor. Resultou-se ao analisar os dados a extrapolação do perfil do professor, da profissão docente, do prestígio social, do estímulo para jovens professores e do orgulho de ser professor. Considera-se que a partir dos discursos, a construção da identidade sofre com a diversidade de conceitos concebidos socialmente.
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