Territórios de morte: visibilidade dos jovens residentes em Porto Alegre vítimas de homicídio nos anos de 2015, 2016 e 2017

Autores

  • Betina Warmling Barros Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Ana Paula Motta Costa Faculdade de Direito da UFRGS e Mestrado em Direito UniRitter
  • Giovanna da Silva Araujo Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Victória Hoff da Cunha Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.12957/rdc.2019.39935

Palavras-chave:

juventude, homicídios, violência, mapas, território

Resumo

Trata-se de pesquisa que visa mapear os homicídios que vitimizam sujeitos residentes em Porto Alegre entre os anos 2015 e 2017, identificando suas principais características, bem como os bairros em que residiam e os locais de ocorrência das mortes. A partir dos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde, optou-se pela análise do perfil das vítimas em relação à faixa etária, ao sexo e à raça. Após, com a utilização do software QGis, buscou-se mapear os locais de vida e morte dos jovens assassinados, com idades entre 15 e 29 anos. Assim, foi possível reafirmar a ideia de que os homicídios vitimizam principalmente jovens negros do sexo masculino. Entretanto, a curva da faixa etária apresentou um pico de vítimas que possuem entre 15 e 19 anos, o que não era uma realidade uma década atrás. Ademais, notou-se a diminuição proporcional de vítimas brancas, bem como uma maior representativa de mulheres. Por fim, tanto em relação aos locais de vida como de morte, ao mesmo tempo que se observa uma forte concentração nos bairros Rubem Berta, Restinga, Santa Tereza, Sarandi e Lomba do Pinheiro, também foi possível verificar uma crescente difusão territorial dos homicídios.

Biografia do Autor

Betina Warmling Barros, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestranda em Sociologia na UFRGS. Bolsista de Mestrado CNPQ. Graduada em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFRGS (2017). Foi Bolsista de Iniciação Científica CNPQ (2017). Possui experiência na área da justiça juvenil e sociologia da violência.

Ana Paula Motta Costa, Faculdade de Direito da UFRGS e Mestrado em Direito UniRitter

Graduada em Direito pela PUC/RS (2000), Advogada, Bacharel em Ciências Sociais pela UNISINOS (1990). Pós-graduada em Educação pela UFRGS (1992), Mestre em Ciências Criminais pela PUC/RS (2004) e Doutora em Direito pela PUC/RS (2011), tendo realizado estágio doutoral na Universidade Pablo de Olavide, na Espanha, no ano de 2009. Sua tese, aprovada com louvor, recebeu menção honrosa no prêmio CAPES 2011. É Professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, onde está vinculada ao Departamento de Ciências Criminais, ministra disciplinas de Direito Penal e Criminologia; coordena Projeto de Pesquisa inscrito no CNPQ e Projetos de Extensão Universitária. É Professora do programa de Pós-graduação - Mestrado do Centro Universitário RItter dos Reis - UNIRITTER - Mestrado em Direitos Humanos. Foi Pesquisadora do "Projeto Pensando o Direito", desenvolvido pelo Ministério da Justiça e IPEA. Foi Professora do Programa de Pós-graduação em Direito - Mestrado da Fundação Meridional - IMED, em Passo Fundo/RS. Foi Coordenadora do Curso e Coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica do Curso de Direito do Centro Universitário Metodista do IPA. Como convidada, ministra aulas em Cursos de Especialização em Direito da Criança e do Adolescente da FMP/RS. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito da Criança e do Adolescente, atuando principalmente nos seguintes temas: adolescência, infância, Estatuto da Criança e do Adolescente, medidas socioeducativas. Realizou consultorias em Projetos Sociais, em especial junto à UNESCO, PNUD e Ministério do Desenvolvimento Social - MDS. Foi presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania da Prefeitura de Porto Alegre (1997-2000 e 2003-2004), e presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo do RGS (FASE/RS) de 2000-2002. É autora dos livros: "As garantias Processuais e o Direito Penal Juvenil" (2005) e "Os Adolescentes e seus Direitos Fundamentais" (2011), ambos publicados pela Livraria do Advogado Editora; e ainda do livro "Medidas Socioeducativas - Gestão da Execução" (2014), editado pela MarcaVisual Editora.

Giovanna da Silva Araujo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Acadêmica do curso de Ciências Jurídicas e Sociais da UFRGS. Integrante do Observatório de Pesquisa Violência e Juventude. Integrou o Serviço de Assessoria Jurídica Universitária - SAJU/UFRGS como assistente jurídica, fazendo parte do grupo G11 - Adolescentes em situação de conflito com a lei (2016/2 - 2018/1).

Victória Hoff da Cunha, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Acadêmica em Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Integrou o Serviço de Assessoria Jurídica Universitária (SAJU - UFRGS), enquanto assistente jurídica do Grupo de Assessoria Popular (GAP). É bolsista de iniciação Científica (FAPERGS) sob orientação da Profª. Ana Paula Motta Costa no Observatório de Pesquisa em Violência e Juventude.

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Publicado

2020-02-28

Como Citar

Barros, B. W., Costa, A. P. M., Araujo, G. da S., & Cunha, V. H. da. (2020). Territórios de morte: visibilidade dos jovens residentes em Porto Alegre vítimas de homicídio nos anos de 2015, 2016 e 2017. Revista De Direito Da Cidade, 11(4), 225–252. https://doi.org/10.12957/rdc.2019.39935

Edição

Seção

Artigos/Articles/Artículos