n. 22 (2021): Africanizar: resistências, resiliências e sensibilidades

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A 22a edição da Revista Transversos traz o dossiê Africanizar: resistências, resiliências e sensibilidades. Práticas de resistências e de resiliências, assim como as sensibilidades expressas pela multiformidade africana ao longo de sua história, são iluminadas e problematizadas. Rastreia reflexões que procuram formas mais complexas de análise, além das oferecidas pelo pensamento binário. O imperativo “africanizar” surge como necessidade de ouvir as vozes do continente, evitando as essencializações redutoras, questionando os parâmetros fornecidos apenas a partir do viés eurocêntrico, da branquidade, do androcentrismo, do heteronormativo, das metanarrativas nacionais homogeneizantes ou dos interesses dos dominantes, sejam eles, estrangeiros ou locais.  Deseja distintas escritas que apontem o agenciamento e os saberes dos silenciados, dos invisibilizados e daqueles que foram colocados à margem.  Quer análises de como se deram as resistências - atos de persistir, de se assumir, de não aceitar a ser coisificado pelo outro, mesmo que para isso se utilize do simulacro, do mimetismo e do hibridismo.  Interessa ao dossiê artigos vasculhadores de que forma, no continente africano, vulnerabilizados, seja do ponto de vista econômico, social, político ou cultural, arquitetam, ante as opressões, saídas pela resiliência. Essa vista como arte do mais fraco em se adaptar às situações adversas, reinventando-se positivamente, buscando autoestima ou significado para a vida, preservando ou reconstruindo identidades, para enfrentar e, se possível, superar as sujeições. Enfim, o dossiê deseja reunir textos atentos à diversidade das sensibilidades africanas, às maneiras como os subalternizados enfrentam as estruturas políticas, econômicas, sociais e culturais cerceadoras dos desejos, das formas de sentir, imaginar, valorar e agir, que se constroem contra o estabelecido.

Publicado: 2021-08-30

Expediente

  • EXPEDIENTE

    Revista Transversos
    2 - 5
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.61969

Apresentação

  • Africanizar: resistências, resiliências e sensibilidades

    Revista Transversos
    6 - 16
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.61813
  • A TROCA DE EMBAIXADAS ENTRE OS CHEFES MBUNDU E OS PORTUGUESES: NEGOCIANDO A PRESENÇA PORTUGUESA EM ANGOLA NO SÉCULO XVI

    Luciana Lucia da Silva
    17 - 36
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58455
  • ÁFRICA OCIDENTAL EM MANUSCRITOS BRASÍLICOS DO SÉCULO XVIII.

    Raphael Santos
    37 - 54
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.50726
  • Religião como espaço de resistência: Dona Beatriz Ñsîmba Vita

    Patrício Batsikama
    55 - 77
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.57839
  • Dominação e Denominação: o Etnônimo Pejorativo "Mawia" e os Macondes de Moçambique no Tanganyika Colonial

    Felipe Barradas Correia Castro Bastos
    78 - 99
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58423
  • Um conceito a construir: as forças produtivas no pensamento de Amílcar Cabral

    Gustavo Koszeniewski Rolim, Vanito Ianium Vieira Cá
    100 - 121
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.57068
  • A CIDADE DO LOBITO NA MEMÓRIA DE MIGRANTES DA DESCOLONIZAÇÃO DE ANGOLA RESIDENTES NO RIO DE JANEIRO THE CITY OF LOBITO IN THE MEMORY OF MIGRANTS OF DECOLONIZATION FROM ANGOLA WHO LIVE IN RIO DE JANEIRO

    Isabel de Souza Lima Junqueira Barreto
    122- 141
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.47139
  • “DANÇAS FRENÉTICAS E DIABÓLICAS DE QUE O BRASIL É REI E SENHOR”: NOTAS SOBRE A PRESENÇA MUSICAL BRASILEIRA EM ANGOLA NO PERÍODO COLONIAL E SEUS SIGNIFICADOS POLÍTICOS (1950-1974).

    ALEXANDRE REIS
    142 - 161
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.54966
  • DUPLAS LINGUAGENS ANGOLANAS: resiliência e resistência de um preso político na narrativa A vida verdadeira de Domingos Xavier (1961), de Luandino Vieira, e no filme Sambizanga (1973), de Sarah Maldoror

    Denise Rocha -
    162 - 182
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58646
  • Ruy Duarte de Carvalho: o dizer poético de Angola

    Julia Goulart Silva
    183 - 197
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.52976
  • CORPO E ANCESTRALIDADE: NOTAS SOBRE A RESISTÊNCIA FILOSÓFICA E POLÍTICA AFRICANA

    José Diêgo Leite Santana, Allene Carvalho Lage
    198 - 220
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58826
  • RESISTÊNCIAS, RESILIÊNCIAS E AFETOS: DIÁLOGOS ENTRE HISTÓRIA E LITERATURA AFRICANAS

    Silvio Marcus de Souza Correa
    221 - 246
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58360
  • Diamantes de sangue e excrementos do diabo: análise dos efeitos do discurso da maldição de recursos naturais na África

    Tomás Heródoto Fuel
    247 - 267
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58330
  • GÊNERO E OS FEMINISMO (s) AFRICANO (s)

    Dayane Augusta Santos da Silva
    268 - 287
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58416
  • UM ESTUDO DA CAPACIDADE DE RESILIÊNCIA DA POPULAÇÃO DE LUANDA NO PÓS-GUERRAS – A CONSTRUÇÃO NARRATIVA EM OXALÁ CRESÇAM PITANGAS E É DREDA SER ANGOLANO (2006/2008).

    Paula Faccini de Bastos Cruz
    288 - 307
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58763
  • Estética animista: memória e (re)existência na narrativa de Ungulani Ba Ka Khosa

    Salomão António Massingue, Salomão António Massingue, José José Fornos
    308 - 324
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58454
  • A FÉ QUE MOVE DESTROÇOS NUMA ÁFRICA INSUBMISSA: RELIGIÃO E RESISTÊNCIA NA LITERATURA NIGERIANA

    Robert Daibert Jr., Bárbara Inês Ribeiro Simões Daibert
    325 -343
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.57747
  • Sustentabilidade para quem? Um olhar da crítica pós-colonial para impressões ambientais e telúricas em Angola

    Flora Pereira da Silva, Selma Pantoja
    344 - 363
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.56624

Artigos livres

Experimentações

  • VOZES SEM FRONTEIRAS: MANIFESTAÇÕES (DES)AUTORIZADAS DOS SUJEITO LOUCO E LIVRE

    Diana Gonzaga Pereira
    401 - 416
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58450
  • Paulina Chiziane e a obra Niketche para uma critica de genero a respeito da poligamia em Moçambique no pós colonial.

    Aline Da Silva Campos
    417 - 436
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58111

Notas de Pesquisa

Entrevista

  • “As crianças são seres carregados de esperança”: uma entrevista com o cineasta Flora Gomes

    Jusciele Conceição Almeida de Oliveira, Mírian Sumica Carneiro Reis
    453 - 471
    DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58987