A CIDADE DO LOBITO NA MEMÓRIA DE MIGRANTES DA DESCOLONIZAÇÃO DE ANGOLA RESIDENTES NO RIO DE JANEIRO THE CITY OF LOBITO IN THE MEMORY OF MIGRANTS OF DECOLONIZATION FROM ANGOLA WHO LIVE IN RIO DE JANEIRO
DOI:
https://doi.org/10.12957/transversos.2021.47139Palavras-chave:
Memória, Angola, Lobito, Discriminação racial Memory, racial discriminationResumo
A cidade do Lobito foi fundada em 1905. Segundo o último Censo populacional do período colonial em Angola, feito em 1970, naquela altura era a terceira maior cidade angolana. Era um centro econômico muito relevante, sede de um importante porto e do Caminho de Ferro de Benguela. Este artigo aborda as memórias de antigos habitantes que residem hoje no Rio de Janeiro e que deixaram Angola em 1975, ano da independência política e do início da guerra civil. Através de suas lembranças foi possível acessar a visão que tinham da atmosfera da cidade, um exemplo da visão da vida em Angola como um paraíso, assim como suas visões a respeito do racismo e da discriminação estruturantes daquela sociedade. Tal questão se referia às relações entre brancos e negros e também entre colonos, de primeira geração e luso-angolanos.
The city of Lobito was founded in 1905. According to the last Population census, made in 1970, at that time it was the third biggest Angolan city. It was a very relevant economic center, headquarters of an important port and of the Benguela Railway. This paper approach the memories of former inhabitants that today live in Rio de Janeiro and who left Angola in 1975, year of the political independence and the beginning of the civil war. Through their memories it was possible to access their vision of the city’s atmosphere, an example of the vision concerning the life in Angola as a paradise, as well as their visions concerning the structural racism and discrimination of that society. Such matter refers to the relation between whites and blacks and also between first generation settlers and luso-angolans.
Referências
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