Escolas cívico-militares: conservadorismo e retrocesso na educação brasileira

Zenilda Rodrigues Dias, Adalberto Carvalho Ribeiro

Resumo


O artigo tem como objetivo analisar os fenômenos que levaram a transferência das escolas civis públicas para as mãos dos militares, considerando, ainda, as consequências da militarização dentro do ambiente escolar. A militarização de escolas públicas no Brasil, nos moldes atuais, é um fenômeno empírico surgido com mais ênfase no ano de 2013 no estado de Goiás, onde os ideais conservadoristas sustentam a defesa desse velho modelo pedagógico, agora em um novo desenho institucional. A abordagem metodológica desta pesquisa é qualitativa, tendo sido a análise de conteúdo o principal esteio da trilha investigativa, com destaque para a análise do Manual das Escolas Cívico-militares publicado recentemente pelo governo federal. Questões de partida: 1) por que as escolas militarizadas surgem com boa aceitação na sociedade brasileira? 2) quais benefícios a proposta pode trazer para a educação brasileira? 3) como política pública, qual o escopo da proposta do Ministério da Educação? Os resultados apontam que a onda de conservadorismo que assola a sociedade brasileira e a ideia do “apagão educacional” impulsionaram o clamor social de pais e comunidade escolar por um “novo” modelo de escola, priorizando-se, dessa forma, a disciplina e a obediência, além da segurança no ambiente escolar em vez da aprendizagem e democracia.

 


Palavras-chave


Escolas civis públicas. Escolas Cívico-militares. Conservadorismo. Apagão educacional.

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DOI: https://doi.org/10.12957/teias.2021.59634

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Teias, uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação – ProPEd/UERJ
Qualis/Capes - A2 (2017/2018) 
DOI: 10.12957/teias

 

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