Vulnerabilidade e populações vulnerabilizadas às infecções sexualmente transmissíveis nos currículos de enfermagem: percepção dos docentes
DOI:
https://doi.org/10.12957/reuerj.2024.86420Palavras-chave:
Docentes, Ensino, Programas de Graduação em Enfermagem, Infecções Sexualmente Transmissíveis, Minorias Desiguais em Saúde e Populações VulneráveisResumo
Objetivo: analisar o interesse teórico, político e filosófico acerca da vulnerabilidade e das populações vulnerabilizadas às infecções sexualmente transmissíveis na formação dos estudantes de Graduação em Enfermagem de Universidades Federais brasileiras. Método: estudo qualitativo, histórico social, com uso de fontes orais e documentais. Realizadas 23 entrevistas com docentes de cinco cursos de graduação em enfermagem. Os dados foram inseridos no software Atlas.ti versão 9.0 para codificação, e operacionalizada a Análise de Conteúdo. Resultados: a vulnerabilidade e as populações vulnerabilizadas são compreendidas pelos docentes diante de sua complexidade, que envolve fatores sociais, estruturais e econômicos. São discutidas em alguns momentos durante o processo formativo. Os estudantes possuem dificuldades em perceber a própria vulnerabilidade. Considerações finais: a abordagem dessa temática deve ser discutida no ensino dos futuros enfermeiros. A vulnerabilidade do estudante precisa ser refletida de modo que o mesmo perceba sua própria vulnerabilidade e compreenda a importância do autocuidado.
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