a linguagem da norma e os indivíduos frágeis
DOI:
https://doi.org/10.12957/childphilo.2016.22964Palavras-chave:
CUERPO – DEBILIDAD – FRAGILIDAD – NORMALIDAD.Resumo
Neste texto se aborda a questão do corpo enquanto campo de batalha entre a normalidade e a beleza de um lado, e a singularidade, a solidão e a fragilidade de outro lado. A questão reside em compreender qual é a diferença entre aqueles corpos – e linguagens – que são falados em relação àqueles corpos – e linguagens – que falam. Talvez não seja esta uma questão final, que finaliza, mas que nos apresenta uma complexidade de todas as questões aqui parcialmente formuladas, e torna imprescindível uma noção de corpo completamente diferente. Uma noção de corpos em relação, onde não exista nenhum vestígio acerca do que falta ou do que faz falta. O fim da ideia do corpo normal. Fugir da obrigação de julgar. O encontro com o outro, sem condições. A transformação do si mesmo em alteridade. A razão que nos assiste para definir ao outro sujeito se desvaneceu quase por completo, pulverizada em seus argumentos e despedaçada em sua naturalização. Já não há sujeito-uno ou, para melhor dizer, nunca houve um sujeito autocentrado, onisciente, capaz de encher-se e fazer-se absoluto, completo. É esta a razão a desmitificar. Ser capazes de uma teoria da debilidade, do fragmentário, da vulnerabilidade, do incompleto e não já como condição precária, de agonia, mas como aquele que nos faz humanos. Com essa intenção se aborda a questão da loucura, a debilidade mental e a barbárie, através de um percurso de textos filosóficos e literários que, talvez, componham uma possível teoria da fragilidade.Downloads
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Publicado
2016-06-25
Como Citar
SKLIAR, Carlos. a linguagem da norma e os indivíduos frágeis. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 12, n. 24, p. 371–389, 2016. DOI: 10.12957/childphilo.2016.22964. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/22964. Acesso em: 1 maio. 2025.
Edição
Seção
dossiê