FÁBULAS DE OUTONO UMA LEITURA DE CORTEJO EM ABRIL, DE ZULMIRA TAVARES
Abstract
Antes da Revolução Francesa a historiografia era vista comoarte literária, mais precisamente como uma arte da retórica. Os teóricosdo século XVIII, como Bayle, Voltaire e De Mably, apesar deestabelecerem rígidas distinções entre “fato” e “fantasia”, admitiam ainevitabilidade da utilização dos recursos técnicos da ficção na representaçãodos eventos reais na forma de discurso histórico. Reconheciam,entretanto, que a sua representação não podia dispensar odispositivo técnico que compõe o discurso ficcional. Muitos trabalhosdesse período foram escritos, conseqüentemente, para distinguirentre os estudos da História, de um lado, e a escrita da História, deoutro. E o que marcava essa distinção eram os conceitos de “verdade”e “erro”, o que não impedia que o relato sobre a verdade se apresentassena forma de relato ficcional, a partir da utilização de técnicasficcionais, tais como os mecanismos da retórica, figuras de linguagem,esquemas de palavras e os recursos da poética. A “verdade”,nesse momento, não se reduzia ao fato.Downloads
Issue
Section
License
The approval of the article implies the immediate and free transfer of the publication rights in this journal. The author (s) authorize the Postgraduate Program in Literature and Linguistics (PPLIN) to reproduce it and publish it in Revista SOLETRAS, understanding the terms "reproduction" and "publication" in accordance with Definition of article 5 of Law 9610/98. The author (s) will continue to own the copyright for subsequent publications. The article can be accessed by the world wide web (http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras), being allowed, free of charge, the consultation and the reproduction of copy of the article for own use. Cases of plagiarism or any illegalities in the submitted texts are the sole responsibility of their authors.