A semântica no material didático do século XIX em confronto com o livro didático do século XXI

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DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2025.89634

Resumo

Este artigo pretende discutir o estudo da semântica da Língua Portuguesa no corpus “Noções de Grammatica Portugueza”, de Silva Junior e Andrade (1887), em uma perspectiva historiográfica. Entre os objetivos específicos está o de confrontar o ensino de semântica da língua portuguesa do manual didático, de 1887, com a obra “Se liga na língua: literatura, produção de texto e linguagem”, de Ormundo e Siniscalchi (2016). Utiliza-se de uma abordagem qualitativa e documental, fundamentada metodologicamente na Historiografia Linguística, privilegiando os três princípios de Köerner (1996); organização proposta por Swiggers (2010), Altman (2012), Batista (2013, 2019), Bastos (2020), Nogueira (2021) entre outros. O embasamento teórico em semântica está centrado em Ilari (1992), Marques (1996), Lyons (1997), Valente (1997), Cançado (2008), Bechara (2009), Henriques (2011) e Abrahão (2018). Como resultado, identificou-se pela amostragem que as obras proporcionam estudo semântico para a apropriação linguística exigida aos alunos do Ensino Secundário, com os fenômenos semânticos da sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia e ambiguidade, na obra do século XIX, e, no manual didático do século XXI para o Ensino Médio, constatou-se, além destas, o ensino da polissemia, hiperonímia e hiponímia. Assim, o estudo da significação é necessário para promover o desenvolvimento da produção, leitura e interpretação textual.

Biografia do Autor

Silvânia Aparecida Alvarenga Nascimento, Universidade Federal de Catalão - UFCAT

Doutoranda em Estudos da Linguagem pela Universidade Federal de Catalão - UFCAT, Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES; Mestra em Estudos da Linguagem pela Universidade Federal de Catalão - UFCAT; Especialista em Literatura e Ensino pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Especialista em Docência do Ensino Superior pela Universidade Norte do Paraná -UNOPAR/PITÁGORAS; Graduada em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL; Pesquisadora do Grupo de Estudos Linguísticos do Maranhão - GELMA/UEMASUL.

Sônia Maria Nogueira, Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL

Doutorado em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com estágio de doutorado nas Universidades de Letras e de Educação do Porto em Portugal (2011); MESTRADO em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005); MESTRADO em Ciências da Educação pela Universidade Estadual do Maranhão-UEMA-Brasil/IPLAC-Cuba (1999); Atualmente é professora Classe D (Associado) Referência I da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) campus Imperatriz/MA, onde atua como docente e pesquisadora da Graduação e do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLe). Sócia-pesquisadora da Associação Brasileira de Linguística (Abralin) e Integrante da comissão editorial do periódico científico Cadernos de Linguística da Abralin (CadLin). Consultora ad hoc da FAPEMA. Parecerista de revistas científicas especializadas. Sócia-Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Historiografia da Língua Portuguesa (GPeHLP) do IP-PUC/SP. Pesquisadora do Grupo de Estudos Linguísticos do Maranhão (GELMA) da UEMASUL, atuando como Coordenadora da Linha de Pesquisa Historiografia Linguística e Ensino; e da Linha de Pesquisa Linguagem, Memória e Ensino. Sócia-pesquisadora da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ANPOLL). Coordenadora de projeto de pesquisa estadual com fomento em andamento: Universal/FAPEMA. Orienta bolsistas do Mestrado em Letras da UEMASUL. Autora de artigos em revistas especializadas, capítulos de livros e livros. Tem experiência na área de Letras e Linguística , com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: Língua Portuguesa, Historiografia linguística, Linguagem, Memória, Gramaticografia maranhense, Semântica e Ensino.

Gilberto Freire de Santana, Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL)

Professor Assistente I da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), coordenador e professor permanente do Curso de Mestrado em Letras da UEMASUL, docente permanente do Curso de Mestrado em Letras da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Doutorado em Letras, Teoria Literária, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2011), mestre em Letras, Teoria Literária, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001), graduado em Comunicação Social - Jornalismo, pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (1981). Membro da Academia Imperatrizense de Letras - AIL. Coordenador do grupo GELITI (Grupo de Estudos Literários e Imagéticos), certificado pela UEMASUL e registrado no diretório do CNPq, atuando na linha de pesquisa Estudos Literários em Diálogos com outros Saberes e Ensino e Cinema. Interesses de pesquisa: Literatura e imagem; Literatura e ensino; Cinema e ensino; Literatura e adaptação cinematográfica; Estudos literários e outras expressões artísticas (teatro, música e fotografia); Letramento cinematográfico; Estudos da narrativa brasileira; Literatura brasileira moderna e contemporânea; Literatura, arte e cultura: o regional, etnorracial e indígena. Bolsista produtividade UEMASUL (2023-2024).  

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Publicado

2025-04-30

Edição

Seção

Dossiê 51: Perspectivas históricas nos estudos linguístico-gramaticais