A utopia possível: a paixão enquanto ato político
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2017.31713Palavras-chave:
Darcy Ribeiro, CIEPs e Rio de JaneiroResumo
O presente artigo busca identificar as marcas da proposta dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEP), recuperando, em particular, o cenário político da redemocratização naquele período (1983-1988). No caso em tela, o fio condutor são os aspectos políticos e históricos que dão forma a proposta elaborada e implantada por Darcy Ribeiro r Leonel Brizola. Desta forma, nosso foco recai sobre o processo de construção do pensamento educacional das décadas 1960 a 1980, em meio a suas contradições, intentando identificar rupturas e permanências circulantes no imaginário educacional fluminense. Ao destacar o multifacetado cenário político-cultural que viu surgir o projeto darcyniano, espero haver registrado eixos norteadores que sirvam de campo para futuras pesquisas acerca da genealogia da escola pública fluminense, contribuindo assim, a partir da análise de alguns lugares de memória, com a produção da historiografia da educação brasileira.Referências
AMORIM, Paulo Henrique, PASSOS, Maria Helena. Plim-Plim: A peleja de Brizola contra a fraude eleitoral. Editora Conrad: Rio de Janeiro, 2004.
BOMENY, H. Salvar pela escola: Programa especial de educação. In: Sociologia, Problemas e Práticas, n.º 55, 2007, pp. 41-67
RIO DE JANEIRO. Centro de Referência de Educação Pública da cidade do Rio de Janeiro, 2007. Memórias da Educação Pública: depoimentos de secretários de educação vol. I - 2007. RJ
CERTEAU, M. A Escrita da história. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1982.
CHAUI, Marilena. Brasil: Mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Perseu Abramo, 2000.
CUNHA, Luiz Antônio. Educação, Estado e Democracia no Brasil. 2ª edição. SP: Cortez; Niterói; RJ: Editora da Universidade Federal Fluminense; Brasília, DF: FLACSO do Brasil, 1995.
DINIZ, Eli. Voto e máquina política: patronagem e clientelismo no Rio de Janeiro. Ed. Paz e Terra, SP, 1982.
FARIA, Ângela Beatriz de Carvalho. Dos mitos: o tríptico dos barcos e a antiutopia. In: Anais do Congresso Canônes e Contextos. UFRJ/ABRALIC . Vol.3. Rio de Janeiro, RJ, 1998.
FARIA, L. C. M.; LOBO, Yolanda Lima (Org.). Vozes femininas no Império e na República. 1. ed. Rio de Janeiro: Quartet, 2008. v. 01. 260 p.
FARIA, L. C. M.; SOUZA, Silvio Claudio (Org.). Ecos e Memórias de Escola Fluminense. 01. ed. Rio de Janeiro: Quartet, 2008. v. 01. 220 p.
FARIA, L. CIEP: A Utopia Possível. São Paulo: Livros Tatu, 1991.
GRAMSCI, Antônio – A formação dos Intelectuais – Problemas Culturais, em Obras Escolhidas. São Paulo, Martins Fontes, 1978.
IMPREENSA OFICIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – Fala do professor. Governo Leonel Brizola. Programa Especial de Educação. Rio de Janeiro, 1985.
MARTINS, Luciano. A geração AI-5: um ensaio sobre autoritarismo e alienação. In: ARAÚJO, Braz J. de (org.), Ensaios de Opinião - vol. II. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
MIGNOT, A. C. V. Monumento à Educação: escola pública de tempo integral. Revista Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, v.1, n. 1, p.203-218, maio/dez.2004.
MOTTA, M. Rio de Janeiro: de cidade capital a Estado da Guanabara. FGV/ALERJ/RJ, 2001.
NORA, Pierre. O retorno do fato. In: História novos problemas. Rio de Janeiro, RJ: Francisco Alves, 1979.
QUADROS, Claudemir de. As Brizoletas cobrindo o Rio Grande: a educação pública no Rio Grande do Sul durante o governo de Leonel de moura Brizola (1959-1963).Santa Maria: Ed. UFSM, 2003.
RIBEIRO, 1986. (Ribeiro, Darcy. O Livro preto dos CIEPs. RJ: Bloch Editores S.A, 1986.
RIO DE JANEIRO, Secretaria Estadual de Educação e Cultura – Laboratório de Currículos. Reformulação de Currículos: Iniciação Escolar e Alfabetização. Rio de Janeiro, FENAME, 1981, 2ª edição.
XAVIER, Libânia Nacif. Inovações e (Des) Continuidades na Política Educacional Fluminense In: FREIRE, Américo, SARMENTO, Carlos Eduardo e MOTTA, Marly Silva (org). Um Estado em Questão: os 25 anos do Rio de Janeiro. FGV/ALERJ/FGV, 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores mantêm os direitos autorais dos seus trabalhos, têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
A aceitação do texto implica na autorização e exclusividade da Revista Interinstitucional Artes de Educar acerca do direito de primeira publicação, os trabalhos publicados estão simultaneamente licenciados com uma licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial 4.0 Internacional