Refletindo sobre as vivências escolares de jovens quilombolas a partir da Lei n. 10.639/2003
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2025.89819Palavras-chave:
educação para as relações raciais, estudantes quilombolas, Lei n. 10.639/2003Resumo
O artigo discute as relações étnico-raciais ao refletir sobre as vivências escolares de estudantes quilombolas do Colégio Estadual de Seabra – Tempo Integral. Dessa forma, o objetivo é verificar como as práticas pedagógicas desenvolvidas no CES-TI contribuem para a afirmação de uma identidade negra positiva dessas discentes. Para alcançar o objetivo, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com estudantes da terceira série do Ensino Médio, professores(as) de História, Literatura e Arte, além do trio gestor. A interseccionalidade (Akotirene, 2019; Davis, 2016; Crenshaw, 2002) foi a ferramenta analítica usada para problematizar o modo de pensar a estudante negra de comunidade quilombola. A análise das entrevistas foi embasada, ainda, na Teoria Racial Crítica (Ferreira, 2014), com o intuito de verificar se os estudos e as discussões promovidas no colégio têm contribuído para que essas estudantes se reconheçam, aceitem-se e elevem a autoestima delas. Trata-se de um trabalho qualitativo de cunho etnográfico, tendo como aporte teórico autores(as), como Crenshaw (2022), Davis (2016), Fanon (2008), Kilomba (2019) e Moura (2023). O estudo mostrou que, apesar de ter muito ainda a avançar quando se trata de um cenário que propicie a efetivação da Lei nº 10.639/2003 e o reconhecimento e a valorização da cultura afrobrasileira e quilombola, o fato de a escola já desenvolver o projeto “20 de novembro e outras artes”, incluindo outras linhas interseccionais, como as discussões de gênero, configurou-se como um ponto importante para tratar as questões que marginalizam essas meninas. Portanto, contribui para que as estudantes se sintam representadas em algum momento nesse espaço.
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