Do movimento das águas ao acolhimento:
o atendimento em uma brinquedoteca no período das enchentes no RS
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2025.85354Palavras-chave:
enchentes, brinquedoteca, infância, pedagogia de emergência, pedagogia da alteridadeResumo
O Rio Grande do Sul enfrentou, em 2024, a maior catástrofe natural dos últimos 83 anos, na qual 617 mil gaúchos precisaram abandonar suas casas. Em resposta, diversas iniciativas de apoio emergiram, incluindo a criação de uma brinquedoteca no Parque Esportivo da PUCRS. Esta foi organizada pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Escola de Humanidades, com o objetivo de proporcionar um espaço lúdico e terapêutico para crianças desabrigadas. Educadores e voluntários dedicaram-se a atividades variadas, como jogos, leitura e expressões artísticas para auxiliar as crianças na superação do trauma. O artigo analisa o impacto das atividades da brinquedoteca no bem-estar e desenvolvimento das crianças, utilizando uma abordagem qualitativa fundamentada na etnografia e na observação participante. A pesquisa revelou que o ambiente de acolhimento e as interações lúdicas contribuíram significativamente para a recuperação emocional das crianças. A percepção dos voluntários, coletada por meio de formulários, destacou a importância do apoio emocional e da criação de vínculos afetivos nesse contexto. A experiência na brinquedoteca evidenciou a relevância da Pedagogia de Emergência e da Pedagogia da Alteridade, promovendo uma ação pedagógica humanizadora e empática. Os resultados sublinham a necessidade de espaços de acolhimento que transcendam a provisão material, focando também no suporte emocional e no fortalecimento de laços comunitários em tempos de crise.
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