Pode a criança falar? Sobre feminismos subalternos, infâncias e educação infantil.
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2023.64513Palavras-chave:
Feminismos Subalternos, Infância, Educação Infantil e Interseccionalidade.Resumo
O artigo realiza uma genealogia da ideia de interseccionalidade nos estudos sociológicos da infância de maneira a tensionar se o conceito de infância, nesta perspectiva, carrega em si uma dimensão interseccional. A partir de uma abordagem genealógica de inspiração Foucaultiana, procura-se analisar a gênese deste conceito no interior das perspectivas feministas, propondo-se olhar de maneira mais detalhada para os feminismos subalternos, os quais acionam o conceito de interseccionalidade e de racialização para analisar as diferentes formas de opressão. Ao perguntar “Pode a criança falar?” o texto faz analogia com a pergunta posta pela feminista indiana Gayatri Spivak, “Pode o subalterno falar?” questionando se a criança pode ser posta na chave da subalternidade pois, sobre seu corpo, agem diferentes dispositivos em disputa. A criança fala, no entanto há uma hierarquia discursiva e uma rede de saber e poder que impedem que a escutemos. Sugere-se que os feminismos subalternos trazem importantes ferramentas analíticas e conceituais que podem possibilitar outras visibilidades em relação as criançasDownloads
Publicado
10-05-2023
Como Citar
MORUZZI, Andrea Braga; ABRAMOWICZ, Anete. Pode a criança falar? Sobre feminismos subalternos, infâncias e educação infantil. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 24, p. 71–82, 2023. DOI: 10.12957/teias.2023.64513. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistateias/article/view/64513. Acesso em: 21 mar. 2025.
Edição
Seção
Infância, juventude: interseccionalidades
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