Pode a criança falar? Sobre feminismos subalternos, infâncias e educação infantil.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2023.64513

Palavras-chave:

Feminismos Subalternos, Infância, Educação Infantil e Interseccionalidade.

Resumo

O artigo realiza uma genealogia da ideia de interseccionalidade nos estudos sociológicos da infância de maneira a tensionar se o conceito de infância, nesta perspectiva, carrega em si uma dimensão interseccional. A partir de uma abordagem genealógica de inspiração Foucaultiana, procura-se analisar a gênese deste conceito no interior das perspectivas feministas, propondo-se olhar de maneira mais detalhada para os feminismos subalternos, os quais acionam o conceito de interseccionalidade e de racialização para analisar as diferentes formas de opressão. Ao perguntar “Pode a criança falar?” o texto faz analogia com a pergunta posta pela feminista indiana Gayatri Spivak, “Pode o subalterno falar?” questionando se a criança pode ser posta na chave da subalternidade pois, sobre seu corpo, agem diferentes dispositivos em disputa. A criança fala, no entanto há uma hierarquia discursiva e uma rede de saber e poder que impedem que a escutemos. Sugere-se que os feminismos subalternos trazem importantes ferramentas analíticas e conceituais que podem possibilitar outras visibilidades em relação as crianças

Biografia do Autor

Andrea Braga Moruzzi, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar.

PROFESSORA DO CURSO DE PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS. PROFESSORA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCar). VINCULADA AO DEPARTAMENTO DE TEORIAS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DA UFSCar - DTPP. ATUA NAS ÁREAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL E SOCIOLOGIA DA INFÂNCIA, EM TEMÁTICAS SOBRE INFÂNCIAS, GÊNERO E FEMINISMOS.

Anete Abramowicz, Universidade de São Paulo - USP

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1979), mestrado em Educação: História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1998). Em 2010 concluiu um estágio de pós-doutoramento de 13 meses no CERLIS (Centre de Recherche Sur Les Liens Sociaux) na Universidade Paris Descartes em Paris na área da Sociologia da Infância. Atualmente é professora Titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.Tem experiência na área de Educação, com ênfase na Educação para a infância, atuando principalmente nos seguintes temas: criança e infância, sociologia da infância, diferenças, relações raciais, etárias e de gênero. Em 2010 recebeu a bolsa produtividade. Foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCar de 2003 a 2005, foi coordenadora do Fórum dos Coordenadores de Pós-Graduação em Educação da ANPED e vice-coordenadora do GT de 0 a 6 anos da ANPED. Foi editora responsável da Revista Eletrônica de Educação (REVEDUC) de 2007 até 2017, atualmente é editora honorária. É Professora Titular Sênior da Universidade Federal de São Carlos. (Fonte: Currículo Lattes)

Downloads

Publicado

10-05-2023

Como Citar

Moruzzi, A. B., & Abramowicz, A. (2023). Pode a criança falar? Sobre feminismos subalternos, infâncias e educação infantil. Revista Teias, 24, 71–82. https://doi.org/10.12957/teias.2023.64513

Edição

Seção

Infância, juventude: interseccionalidades