O GÊNERO PRATICADO COM AS CRIANÇAS: PERSPECTIVAS PARA UMA EDUCAÇÃO DO PORVIR.
DOI:
https://doi.org/10.12957/redoc.2022.58568Palavras-chave:
Infância. Educação do porvir. Processos Miméticos. GêneroResumo
Esse texto surge na urgência de pensarmos em perspectivas para uma educação do porvir e, emerge, a partir das memórias de alguns achados numa pesquisa de Mestrado que teve, como proposta, pensar o gênero praticado na/com a Educação Infantil. O propósito do artigo é enaltecer a produção performativa do gênero na infância, considerando que as prescrições e normas têm que ser praticadas pelas crianças, em suas articulações às aprendizagens que se forjam em meio aos rituais, gestos e processos miméticos, os quais têm como modelos e referências as tradições culturais, assim como o múltiplo repertório de imagens, inclusive as midiáticas, que compõem o imaginário infantil. Nesse sentido, é imperativo darmos visibilidade a essas memórias, no meio de uma pandemia, devido a capacidade das crianças em constituir-se como produtoras de subjetividades, em processos de criação permanente. Tais processos, que se realizam principalmente nos/com os corpos, expressam e criam relações com o mundo que se modificam permanentemente, produzindo diferença. Como pressuposto, esse texto pensa as crianças, e seus trânsitos escolares, como algo que, embora seja forjada na contingência das normas estabelecidas, atravessa e transborda as fronteiras do instituído, produzindo subjetividades que rompem às expectativas sociais. Algo primordial para vislumbrarmos uma educação do porvir.
Referências
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