(D) ESCOLAR
DOI:
https://doi.org/10.12957/redoc.2020.48960Palavras-chave:
Docência, Gênero e Sexualidade, Audiovisualidades.Resumo
Afinal, para que serve a escola? De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, um dos princípios básicos da educação é: " A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social." (artigo 1, inciso 2). Em um aspecto tão sútil vemos que o texto dá destaque ao mundo do trabalho para depois mencionar a prática social. Neste caso, podemos pensar que a vivência na escola se resume a isso, formatar os sujeitos, seus corpos, suas formas de existências para o mundo do trabalho?
Trazendo como fio condutor essa questão, a profissão, buscamos como proposta DESCOLAR as variadas formas de existir na escola, especificando as relações do corpo, do gênero e sexualidade. Tencionamos com este documentário os sentimentos e experiências que transitam em nossas memórias do período escolar, trazendo como eixo central para essa problematização as múltiplas variantes das formas de vida que habitam o mundo. Assim, a vida invade escola; a escola invade a vida, as memórias, as nossas experiências, experiências essas que constitui o sujeito.
Diante dessas questões que levantamos, Louro (2008) nos diz que: "As proposições e os contornos delineados por essas múltiplas instâncias nem sempre são coerentes ou igualmente autorizados, mas estão, inegavelmente, espalhados por toda a parte e acabam por constituir-se como potentes pedagogias culturais [...] Aprendemos a viver o gênero e a sexualidade na cultura, através dos discursos repetidos da mídia, da igreja, da ciência e das leis e também, contemporaneamente, através dos discursos dos movimentos sociais e dos múltiplos dispositivos tecnológicos."
Referências
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