Formação do leitor: de políticas curriculares e programas governamentais à docência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2021.53503

Palavras-chave:

Políticas curriculares, Programas governamentais, Trabalho com leitura

Resumo

O artigo mostra como políticas curriculares, reverberadas em programas governamentais, prescrevem o trabalho com a leitura e, consequentemente, impactam a formação do leitor. A partir de uma análise documental, apropriou-se do estabelecido no Caderno de Apresentação do PNAIC, de 2012 e no Guia de Literacia Familiar do Conta pra mim, de 2019, e do transmutado em relatos de blogs de professores e em vídeos do programa Conta pra mim para apreender concepções e ressonâncias de trabalho educativo para a qualificação do leitor. Ancorado numa perspectiva discursiva de linguagem e de leitura, evidenciou que orientações metodológicos repercutidas nos programas, mesmo que oriundas de diferentes governos e currículos, materializam perspectivas conservadoras, tecnicistas e cognitivistas, de visão excessivamente utilitária, a qual alimenta e reedita os ditames neoliberais, requerendo, assim, o engendramento da docência acurada, política e inventiva, com vistas à emergência da leitura crítica e autônoma do texto, possibilitadora da (re)leitura do mundo. 

Biografia do Autor

Regina Godinho Godinho de Alcântara, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo, na Linha Educação e Linguagens (2014). Possui Mestrado pelo PGGE/CE/UFES, na Linha de Educação e Linguagens (2006). Licenciada em Letras - Português. Professora Adjunta do Departamento de Linguagens, Cultura e Educação/ Centro de Educação/Ufes. Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Educação (PPGMPE/Ufes/campus Goiabeiras) e do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Educação Básica e Formação de Professores (PPGEEDUC/Ufes/campus Alegre). Coordenadora do Grupo de Pesquisa Cnpq - Estudos e Pesquisas em Processos de Apropriação da Língua Portuguesa - Gepalp. É professora de Língua Portuguesa, com experiência em formação de professores, atuando com temáticas referentes ao ensinoaprendizagem de línguas maternas, estudos linguísticos, didática e metodologia da Língua Portuguesa, Educação Escolar Indígena, Educação do Campo.

Gisele Santos de Nadai, Prefeitura Municipal de Serra

Doutoranda em Educação pelo Programa de Pós Graduação em Educação - PPGE da UFES, na linha de pesquisa Educação e Linguagens. Mestra em Educação pelo mesmo Programa e Universidade (2013), Pós Graduada em Gestão Escolar (SABERES - 2008), Graduada em Letras/Português (CESV- 2006), em Pedagogia (MULTIVIX - 2013) e em Artes Visuais (EAD - UFES, 2018). Professora dos anos iniciais do Ensino Fundamental no Município de Serra ES e do Ensino Superior no curso de Pedagogia da Faculdade Estácio de Sá de Vitória - ES. Já atuou como tutora em disciplinas do curso de Letras e de Complementação Pedagógica à distância pelo IFES e em disciplinas no curso de formação PROFUNCIONÁRIO do CEFOR/IFES. Integra o Grupo de Estudos e Pesquisa em Apropriação da Língua Portuguesa - GEPALP e o grupo de pesquisa "Alfabetização, Leitura e Escrita" do NEPALES / UFES.

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Publicado

15-12-2021

Como Citar

Godinho de Alcântara, R. G., & de Nadai, G. S. (2021). Formação do leitor: de políticas curriculares e programas governamentais à docência. Revista Teias, 22, 286–303. https://doi.org/10.12957/teias.2021.53503