Danças em terreiros: educação dos corpos para as giras na Quimbanda
Resumo
As danças, em terreiros, são elementos constituintes de caracteres específicos de expressividade, elas reiteram identidades. O artigo em questão problematiza a educação dos corpos em relação às danças de exus e pombagiras, em terreiros de Quimbanda, na cidade do Rio Grande/RS. Utilizei, para tanto, conceitos como educação dos corpos e danças, para discutir sobre estas manifestações em terreiros de Quimbanda. As danças em terreiros, especificamente, as de exus e pombagiras, estão vinculados com noções acerca do que significa ser um sujeito religioso, que pertence a um local específico, uma expressividade religiosa. Dançar, a partir das mitologias dos exus ou das pombagiras, é aqui entendido como acontecimentos socioculturais, que tem por base noções de pertencimento. O aporte teórico deste texto está centrado nos Estudos Culturais, na sua vertente pós-estruturalista e as narrativas foram produzidas a partir de entrevistas estruturadas, sendo os dados observados sob uma análise cultural. Considero, então, que as danças, compõem o aparato ritualístico dos terreiros, além disso, elas não possuem caráter único e sinalizam produções de identidades. Assim, especifico que dançar, nestes locais, é uma manifestação simbiótica entre entidades e sujeitos, a qual resulta em uma forma de expressão da religiosidade.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.12957/teias.2020.49498
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ISSN 1518-5370 [impresso] • 1982-0305 [eletrônico]
Teias, uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação – ProPEd/UERJ
Qualis/Capes - A2 (2017/2018) DOI: 10.12957/teias