O “NÃO SABER” COMO RETÓRICA CONSTANTE: APROXIMAÇÕES ENTRE OS OBSERVATÓRIOS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E DE POLÍTICAS DE IN-SERÇÃO DE TECNOLOGIA
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2016.25647Palavras-chave:
Não saber. Formação de Professores. Tecnologias Digitais. Educação Especial.Resumo
O que acontece quando o professor “não sabe”? Que espaço ocupa no discurso docente o “não saber”? Quais os endereçamentos deste discurso e que mobilizações internas ele desencadeia? Pautado por estas questões, o texto apresenta um conjunto de reflexões oriundas das pesquisas desenvolvidas em dois observatórios de educação: o primeiro, focado na questão da escolarização de sujeitos com deficiência; o segundo, nas políticas de inserção de tecnologias digitais na sala de aula. O objetivo foi analisar o discurso da falta de conhecimentos específicos por parte dos professores para o trabalho com temas alusivos à educação especial, como também, educação e tecnologias. O despreparo dos professores seria a justificativa principal para a ausência do trabalho com temas que lhes são desconhecidos, ignorados, inexplorados. Em diálogo com Ranciére (2015), entre outros autores, discute-se que o discurso da falta de formação para o trabalho específico na educação especial e para o uso de tecnologias parece buscar um “alguém” habilitado, específico, que saiba ensinar “de verdade”. Tem-se assim um espaço amplo para o debate que nos conduz do embrutecimento à emancipação, desenhando uma relação entre o “mestre ignorante”, o desconhecedor do próprio conhecimento e a emancipação daqueles que se apropriam de sua falta. A característica potente da escola é demarcar seu espaço como ambiente de aprendizado. Mas qual aprendizado pode ser proporcionado quando se tem um mestre que desconhece?
DOI: https://doi.org/10.12957/teias.2016.25647
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