Ciberativismo Surdo: em defesa da educação bilíngue.

Autores

  • Raquel Colacique Gomes Proped - UERJ
  • Edméa Santos PROPED - UERJ

Resumo

Seguindo a dinâmica complexa da estrutura da sociedade em rede, novas práticas sociais tomam forma, potencializadas pelas tecnologias da informação e comunicação. Mais do que em sua primeira fase, a internet atual fomenta os potenciais interativos das redes, rompendo com o paradigma da transmissão massiva e consolidando-se como uma internet notoriamente participativa. A horizontalização da comunicação e informação reforça as potencialidades da internet no que diz respeito à democratização das relações, fortalecendo os indivíduos do ponto de vista de suas ações políticas e suas opções identitárias (SILVA, 2009). Mais do que um mero receptor da informação, o cibercidadão é emissor e cocriador de informações e conhecimentos. As mobilizações político-sociais articuladas por meio dos softwares sociais são exemplos de como o acesso à informação e possibilidade de comunicação, via internet, permite que os atores sociais lutem em defesa de seus próprios direitos, autônoma e democraticamente, demonstrando o caráter ativista da internet (ANTOUM; MALINI, 2010). Em tempos de inclusão social e acesso à rede mundial de computadores, os cibercidadãos surdos se apropriaram dos softwares sociais – Youtube e Facebook – e foram à luta contra o fechamento do Colégio de Aplicação do Instituto Nacional de Educação de Surdos e em defesa da educação bilíngue para surdos. O presente artigo procura mostrar algumas ações que envolveram esse movimento, e suas conquistas, que representam um marco importante na história dos surdos brasileiros. Palavras-chave: surdos, ciberativismo, redes sociais.

Biografia do Autor

Raquel Colacique Gomes, Proped - UERJ

Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura – GPDOC, Proped - UERJ. Especialista em Educação Especial (UNIRIO). Professora Auxiliar da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES)

Edméa Santos, PROPED - UERJ

Professora do PROPED–UERJ, líder do GPDOC – Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura. Pedagoga pela Universidade Católica de Salvador (UCSAL), Mestre e Doutora em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (FACED/UFBA). Professora adjunto da Faculdade de Educação da UERJ, atua no PROPED, na Linha de Pesquisa: Contidiano, Redes Educativas e Processos Culturais. Site: www.docenciaonline.pro.br

Downloads

Publicado

20-12-2012

Como Citar

Gomes, R. C., & Santos, E. (2012). Ciberativismo Surdo: em defesa da educação bilíngue. Revista Teias, 13(30), 24 pgs. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistateias/article/view/24275