AS RECOMENDAÇÕES OFICIAIS SOBRE AMAMENTAÇÃO E ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR SÃO ACESSÍVEIS E CONHECIDAS PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE BRASILEIROS?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/demetra.2019.43327

Palavras-chave:

Aleitamento materno. Conhecimento. Nutrição da criança. Pessoal de saúde. Promoção da saúde.

Resumo

Objetivo: Identificar os conhecimentos consolidados entre profissionais de saúde no Brasil sobre aleitamento materno e alimentação complementar e as omissões e divergências a respeito desta temática nos materiais institucionais disponíveis. Métodos: Estudo descritivo e transversal de abrangência nacional, com aplicação de questionário online para 316 profissionais de saúde (enfermeiros, médicos e nutricionistas), recrutados por meio da metodologia de bola de neve. Foram apresentados 89 itens, para os quais o profissional expressava seu grau de concordância em escala Likert de cinco pontos. Os conteúdos incluídos no questionário foram retirados de artigos científicos e materiais institucionais e, também, sugeridos por especialistas na temática. Para análise dos dados, foi calculada a pontuação média para cada item e foram consideradas lacunas de conhecimento os itens com pontuações entre 2,5 e 3,5. Foram considerados consensos os itens com pelo menos 80% de respostas com discordância (1) ou concordância (5) total. Resultados: Dos 89 itens estudados, a maioria referia-se a lacunas de conhecimentos. As principais lacunas identificadas foram: oferta de grupos alimentares e/ou nutrientes específicos, higienização de frutas e hortaliças, suplementação de micronutrientes, amamentação cruzada, aleitamento materno noturno, oferta de sucos naturais, introdução alimentar precoce. Em relação aos consensos, grande parte versava sobre a segurança biológica e a adequação nutricional das preparações. Conclusão: É preciso revisar as diretrizes hoje disponíveis com atenção especial às temáticas omissas e aquelas ainda consideradas lacunas de conhecimento, para o aprimoramento nos processos de formação e educação em saúde e consequente melhoria das orientações fornecidas pelos profissionais à comunidade.

DOI: 10.12957/demetra.2019.43327

 

Biografia do Autor

Bruna dos Santos Nunes, Universidade de Brasília

Graduação em Nutrição pela Universidade de Brasília, Especialização em Saúde Pública pela Faculdade Laboro, Mestrado em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade de Brasília. Professora Voluntária do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Muriel Bauermann Gubert, Universidade de Brasília

Graduação em Nutrição pela Universidade de Brasília, Especialização em Atenção Primária à Saúde pela Fundação Hospitalar do Distrito Federal e em Gestão de Políticas de Alimentação e Nutrição pela Fundação Oswaldo Cruz, Mestrado e Doutorado em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília. Pós-Doutorado na Yale School of Public Health da Yale University, Yale, EUA. Professora Associada do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Gisele Ane Bortolini, Ministério da Saúde

Graduação em Nutrição pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Mestrado em Ciências Médicas pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Especialização em Gestão de Políticas de Alimentação e Nutrição pela Fundação Oswaldo Cruz e Doutorado em Nutrição Humana pela Universidade de Brasília. É Analista Técnico de Políticas Sociais na Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN), no Departamento de Atenção Básica, no Ministério da Saúde, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Publicado

2019-11-13

Como Citar

Nunes, B. dos S., Gubert, M. B., & Bortolini, G. A. (2019). AS RECOMENDAÇÕES OFICIAIS SOBRE AMAMENTAÇÃO E ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR SÃO ACESSÍVEIS E CONHECIDAS PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE BRASILEIROS?. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 14, e43327. https://doi.org/10.12957/demetra.2019.43327

Edição

Seção

ARTIGOS TEMÁTICOS "Aleitamento materno, alimentação complementar e saúde”