QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM FIBROSE CÍSTICA: IMPORTÂNCIA DA IMAGEM CORPORAL E IMPACTO DO ESTADO NUTRICIONAL, IDADE E RAÇA/COR NA PERCEPÇÃO DOS PACIENTES E RESPONSÁVEIS

Autores

  • Laura Andrade da Silva Universidade Federal do Espírito Santo
  • Ana Carla Pazini Lima Universidade Federal do Espírito Santo
  • Veronica Lourenço Wittmer Universidade Federal do Espírito Santo
  • Fernanda Mayrink Gonçalves Liberato Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória
  • Luana da Silva Baptista Arpini Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória
  • Flávia Marini Paro Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.12957/demetra.2018.32295

Palavras-chave:

Fibrose cística. Imagem corporal. Avaliação nutricional. Índice de massa corporal. Qualidade de vida. Desnutrição.

Resumo

Resumo

Objetivo: Identificar os principais fatores relacionados à qualidade de vida de crianças e adolescentes com fibrose cística. Métodos: Estudo transversal, com indivíduos com fibrose cística, entre 7 e 18 anos, de um Centro de Referência Estadual. A qualidade de vida foi avaliada com o Cystic Fibrosis Questionnaire. Testes usados na análise estatística: Mann-Whitney e Correlação de Spearman. Nível de significância adotado: 5%. Resultados: Na percepção dos pacientes, os domínios da qualidade de vida com piores médias foram imagem corporal (64,3±29,6) e peso (47,6±42,4). Na percepção dos responsáveis, peso também apresentou a pior média (52,8±43,7). O impacto dos tratamentos na qualidade de vida foi maiora partir dos 14 anos (p=0,012), e o impacto da alimentação foi maior entre menores de 14 anos (p=0,04). Indivíduos brancos apresentaram melhores escores do que negros/pardos no domínio imagem corporal (p=0,049). Houve correlação positiva moderada entre pIMC/I e o domínio respiratório e correlação positiva forte entre pIMC/I e imagem corporal. Conclusões: A correlação entre pIMC/I e imagem corporal sugere que o baixo-peso afeta negativamente a imagem corporal, o que merece atenção, pois imagem corporal e peso foram os domínios com piores pontuações na percepção dos pacientes, sendo que o peso também teve a pior pontuação na percepção dos responsáveis. Além disso, o baixo-peso aumentou o impacto dos sintomas respiratórios na qualidade de vida. O impacto dos tratamentos aumentou com a idade, enquanto o da alimentação diminuiu com a idade. Também se observou impacto da raça/cor no domínio imagem corporal da qualidade de vida.

DOI: 10.12957/demetra.2018.32295

Biografia do Autor

Laura Andrade da Silva, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) em 2017. Especialização em andamento em Fisioterapia em Terapia Intensiva.

Ana Carla Pazini Lima, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal do Espírito Santo.

Veronica Lourenço Wittmer, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui doutorado e mestrado em Ciências Fisiológicas (UFES). Atualmente é professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Fernanda Mayrink Gonçalves Liberato, Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória

Doutorado em Neurociências pela Universidade Federal Fluminense (2015). Atualmente é fisioterapeuta do Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória.

Luana da Silva Baptista Arpini, Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória

Nutricionista no Hospital Nossa Senhora da Glória - Vitória/ES. Mestrado em Saúde Coletiva pela UFES. Graduação em Nutrição.

Flávia Marini Paro, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutorado em Ciências Fisiotógicas pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Mestrado em Ciências Fisiotógicas pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Especialização em Fisioterapia Cardiorrespitória pelo INCOR-HCFM-USP, Especialização em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP. Coordenadora do Curso de Especialização em Fisioterapia em Terapia Intensiva da Universidade Federal do Espírito Santo. Professora Associada da Universidade Federal do Espírito Santo.

Publicado

2018-09-30

Como Citar

da Silva, L. A., Lima, A. C. P., Wittmer, V. L., Liberato, F. M. G., Arpini, L. da S. B., & Paro, F. M. (2018). QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM FIBROSE CÍSTICA: IMPORTÂNCIA DA IMAGEM CORPORAL E IMPACTO DO ESTADO NUTRICIONAL, IDADE E RAÇA/COR NA PERCEPÇÃO DOS PACIENTES E RESPONSÁVEIS. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 13(3), 675–693. https://doi.org/10.12957/demetra.2018.32295

Edição

Seção

ARTIGOS DE TEMA LIVRE