LIMIAR DE RECONHECIMENTO DO GOSTO SALGADO E ESTIMATIVA DE CONSUMO DE SÓDIO DE TRANSPLANTADOS RENAIS

Autores

  • Lúcia Chaise Borjes Universidade Comunitária da Região de Chapecó
  • Jéssica Maiara Rosetto Universidade Comunitária da Região de Chapecó
  • Liandra Martins Garcia Universidade Comunitária da Região de Chapecó

DOI:

https://doi.org/10.12957/demetra.2015.14092

Palavras-chave:

Limiar gustativo, Transplante renal, Cloreto de sódio

Resumo

Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o limiar de reconhecimento do gosto salgado e a estimativa de consumo de sódio dos transplantados renais que frequentam a clínica renal de Chapecó. Métodos: O estudo é de natureza descritiva, com abordagem quantitativa, baseada em estudo de caso. A amostra foi constituída por 52 pacientes, que experimentaram soluções salinas até o reconhecimento da menor concentração de gosto salgado. O limiar foi representado pela média das concentrações em que ocorreram “reconhecimento” e “não reconhecimento”. Os demais dados foram coletados dos prontuários. Resultados: A maioria da amostra (63,5%) apresentou limiar considerado normal ou abaixo do normal, isto é, menor ou igual a 0,01 mol/L (0,91 g/L) e o consumo médio de sal foi de 10,7 g/dia, estimado pelo sódio excretado na urina. Não houve associação significativa entre a classificação dos limiares de reconhecimento do gosto salgado e alguma das variáveis em estudo, quais sejam: idade, sexo, índice de massa corpórea (IMC), pressão arterial, uso de anti-hipertensivos e estimativa do consumo de sal por meio do sódio urinário. No entanto, se avaliada a associação entre a quantidade da menor concentração que reconhecia o gosto salgado com a idade, ela se mostra estatisticamente significativa (rs = 0,339; p = 0,014). Pacientes com idade mais elevada apresentavam limiares maiores de reconhecimento do gosto salgado. Conclusão: Apesar de serem necessários mais estudos sobre o assunto, observa-se alta estimativa de consumo de sal por meio do sódio urinário, realidade que deve ser tratada com cuidado, sobretudo por pacientes idosos, que apresentam maior limiar de reconhecimento do gosto salgado e podem aumentar ainda mais o consumo para tornar o alimento agradável ao seu paladar. Não só os transplantados renais, mas a população brasileira como um todo, demandam ações de saúde pública para reduzir o consumo de sal.

DOI: 10.12957/demetra.2015.14092

 

 

Biografia do Autor

Lúcia Chaise Borjes, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Nutricionista, Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de Santa Catarina. Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação e Nutrição – Universidade Comunitária da Região de Chapecó. Docente do curso e Nutrição da Universidade Comunitária da Região de Chapecó. Membro do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição.

Jéssica Maiara Rosetto, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Nutricionista formada pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó).

Liandra Martins Garcia, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Nutricionista formada pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó).

Publicado

2015-05-28

Como Citar

Borjes, L. C., Rosetto, J. M., & Garcia, L. M. (2015). LIMIAR DE RECONHECIMENTO DO GOSTO SALGADO E ESTIMATIVA DE CONSUMO DE SÓDIO DE TRANSPLANTADOS RENAIS. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 10(2), 315–328. https://doi.org/10.12957/demetra.2015.14092

Edição

Seção

ARTIGOS DE TEMA LIVRE