Doação de órgão: acolhimento profissional no diagnóstico de morte encefálica sob a ótica dos familiares
DOI:
https://doi.org/10.12957/reuerj.2025.85432Palavras-chave:
Morte Encefálica, Obtenção de Tecidos e Órgãos, Profissionais de Saúde, Família, AcolhimentoResumo
Objetivo: compreender a percepção dos familiares sobre o acolhimento por profissionais de saúde na abordagem de doação de órgãos após o diagnóstico de morte encefálica. Método: estudo descritivo e qualitativo realizado com familiares que vivenciaram o processo de determinação de morte encefálica em ambiente hospitalar. Coleta de dados realizada entre setembro e dezembro de 2023, por entrevistas presenciais em profundidade, guiadas por questionário semiestruturado. Dados analisados com o software ATLAS.ti®. Obtida aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: participaram do estudo dez familiares, revelando três temas: Determinando a morte: barreiras na comunicação e acesso às informações; Comunicando a morte: profissionais envolvidos durante o protocolo de ME e o momento da comunicação de más notícias; Desfecho final: eternizando a vida. Considerações finais: a comunicação foi considerada essencial para garantir qualidade e humanização no acolhimento familiar, embora não influencie diretamente na doação de órgãos. Há necessidade de capacitação para promover um acolhimento adequado.
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