Organização do trabalho ambulatorial na percepção da enfermagem com comportamento presenteísta
DOI:
https://doi.org/10.12957/reuerj.2025.87088Palavras-chave:
Saúde do Trabalhador, Enfermagem, Risco Ocupacional, Presenteísm, Organização e Administração HospitalarResumo
Objetivo: analisar a percepção do profissional de enfermagem com comportamento presenteísta quanto à organização do trabalho ambulatorial de hospitais universitários no Rio de Janeiro, Brasil. Método: estudo transversal com trabalhadores de enfermagem de ambulatórios universitários na cidade do Rio de Janeiro, com comportamento presenteísta determinado pela Escala de Presenteísmo de Stanford, que responderam à Escala de Organização do Trabalho. Resultados: entre 198 participantes, espaço físico inadequado, escassez de recursos de trabalho e falta de profissionais se destacaram com maior risco psicossocial para o fator “Divisão das Tarefas”; e participação nas decisões sobre o trabalho, avaliação do trabalho em relação à produção e autonomia na realização das tarefas para “Divisão Social do Trabalho”. Conclusão: a organização do trabalho foi percebida como risco médio para os fatores Divisão das Tarefas e Divisão Social do Trabalho, sugerindo possíveis implicações diretas na saúde dos profissionais de enfermagem e podendo aumentar o risco de comportamento presenteísta entre eles.
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