Formação da identidade profissional de enfermeiros para o trabalho no sistema prisional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/reuerj.2023.76762

Palavras-chave:

Enfermeiras e Enfermeiros, História da Enfermagem, Formação da Identidade Profissional, Populações Vulneráveis, Servidores Penitenciários

Resumo

Objetivo:analisar elementos motivadores da construção da identidade profissional de enfermeiros do sistema prisional. Método: estudo histórico-social, qualitativo, sob o método de triangulação de fontes orais e documentais coletados de maio a dezembro de 2020, iluminado pelo referencial foucaultiano. Protocolo de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição signatária.  Resultados: a realização de concurso público para o sistema prisional foi motivada pela aquisição de estabilidade. Os enfermeiros concursados eram despreparados para cuidar de pessoas presas. A disciplina e os poderes exercidos pelos guardas e presos surpreenderam estes enfermeiros, que precisaram se adaptar ao sistema num contexto social marcado pela violência urbana. Considerações finais: destaca-se, na construção da identidade destes profissionais, a capacidade para contornar medos e inseguranças, exercício de poder disciplinar e normatização do cuidado para o enfrentamento do cotidiano do trabalho. Emerge a necessidade de capacitação de enfermeiros nesta área na formação profissional.

Biografia do Autor

Débora Ribeiro Cardoso, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Doutoranda em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Membro do Núcleo de Pesquisa de Educação e Saúde em Enfermagem (NUPESENF) e do Laboratório de pesquisa em História da enfermagem e saúde mental (LAPHISM).

Maria Angélica de Almeida Peres, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Enfermeira especialista em enfermagem psiquiátrica e saúde mental e em Enfermagem em Home-Carecom. Doutora. Pós-doutorado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora Associada da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Coordenadora do Centro de Documentação e Museu da Escola de Enfermagem Anna Nery. Líder do Laboratório de Pesquisa de História da Enfermagem e de Saúde Mental (LaPHiSM).

Camila Pureza Guimarães Silva, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Enfermeira. Doutora em Enfermagem . Professora Associada do Departamento de Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Coordenadora do Departamento de Pesquisa do Centro de Estudos e Coordenadora dos Postos de Residência e Enfermagem do HFB (2015-2020).

Tânia Cristina Franco Santos, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Pós-doutorado em História da Enfermagem. Professora Titular do Departamento de Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Líder do Grupo de Pesquisa História da Enfermagem nas Instituições Brasileiras dos séculos XX e XXI.

Maria Ligia dos Reis Bellaguarda, Universidade Federal de Santa Catarina

Enfermeira. Especialista em Micropolítica da Gestão e Trabalho em Saúde e em Saúde Pública. Doutora em Enfermagem. Docente da Universidade Federal de Santa Catarina.  Líder do Laboratório de Pesquisa em História do Conhecimento em Enfermagem e Saúde (GEHCES/UFSC) e Pesquisadora do Laboratório de Pesquisa, Tecnologia e Inovação em Enfermagem, Quotidiano, Imaginário,Saúde e Família de Santa Catarina (NUPEQUISFAM-SC).

Rosa Gomes dos Santos Ferreira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Enfermeira. Doutora em Enfermagem . Membro  do Núcleo de Pesquisa de Educação e Saúde em Enfermagem (NUPESENF), do LAPHISM (laboratório de pesquisa em História da enfermagem e saúde mental) e do Grupo de Pesquisa Tuberculose, HIV/Aids e Doenças Negligenciadas.

Publicado

14.12.2023

Como Citar

1.
Cardoso DR, Peres MA de A, Silva CPG, Santos TCF, Bellaguarda ML dos R, Ferreira RG dos S. Formação da identidade profissional de enfermeiros para o trabalho no sistema prisional. Rev. enferm. UERJ [Internet]. 14º de dezembro de 2023 [citado 7º de novembro de 2024];31(1):e76762. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/enfermagemuerj/article/view/76762

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

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