Empresas juniores de nutrição: características, motivação para ingresso e vivência dos estudantes
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2025.70913Palabras clave:
Empresa Júnior. Educação Superior. Educação Empreendedora. Formação Profissional. Nutrição.Resumen
Introdução: É evidente o potencial de empresas juniores para preencher lacunas na formação profissional;há, entretanto, baixa prevalência de empresas juniores na área da saúde e reduzida procura pela atividade entre os estudantes. O objetivo do estudo foi descrever as Empresas Juniores de Nutrição do Brasil, as motivações para o ingresso e as limitações vivenciadas. Métodos: Estudo observacional analítico, transversal, realizado em Empresas Juniores de Nutrição no Brasil, com uma amostra representativa de estudantes membros. Foram considerados elegíveis todas as empresas ativas e todos os membros que aceitaram participar do estudo. Foram coletadas informações de registro, organização, porte e serviços das empresas. O perfil dos estudantes foi descrito por variáveis sociodemográficas e ocupacionais. As motivações para ingresso e as limitações vivenciadas foram investigadas e comparadas entre estudantes novatos e veteranos. Foram utilizados Teste Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher para determinar diferenças entre as variáveis categóricas. Resultados: Foram avaliadas 15 empresas federadas, todas vinculadas a instituições de ensino públicas. A maioria funcionava há mais de seis anos, com atuação de mais de 15 membros e faturamento anual de até 20 mil reais. Participaram do estudo 112 estudantes, maioria mulheres e brancos. Para novatos, a principal motivação para ingressar nas empresas foi o desenvolvimento pessoal (p<0,001), e para veteranos, a aplicação de conhecimento teórico (p<0,001). Dentre as limitações vivenciadas pelos estudantes, o pouco comprometimento dos membros foi evidenciado pelos alunos veteranos (p<0,05). Quase todos os estudantes consideraram a participação nas empresas juniores importante para sua formação (99,1%). Conclusão: A principal motivação de estudantes novatos para participação nas EJNs foi o desenvolvimento pessoal, enquanto estudantes veteranos buscavam oportunidade de aplicar conhecimentos teóricos.
Descargas
Citas
1. Brasil. Lei nº 13.267, de 6 de abril de 2016. Disciplina a criação e a organização das associações denominadas empresas juniores, com funcionamento perante instituições de ensino superior [Internet]. Brasília (DF): Diário Oficial da União; 2016 [acesso em 20 maio 2025]. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/21173868/do1-2016-04-07-lei-n-13-267-de-6-de-abril-de-2016-21173742
2. Almeida J, Daniel AD, Figueiredo C. The future of management education: The role of entrepreneurship education and junior enterprises. Int J Manag Educ. 2021;19(1):100318. https://doi.org/10.1016/j.ijme.2019.100318
3. Daniel AD, Almeida J. The role of junior enterprises in the development of students’ entrepreneurial skills. EducTrain. 2020;63(3):360-76 https://doi.org/10.1108/ET-03-2019-0049
4. JE Global. JEG.pdf [Internet]. JE Global Members; 2021 [acesso em 20 maio 2025]. Disponível em: https://www.juniorenterprises.org/confederations/
5. Central N. Catálogo da Empresas Juniores [Internet]. 2021 [acesso em 20 maio 2025]. Disponível em: https://storage.googleapis.com/production-hostgator-brasil-v1-0-3/743/251743/90c67Ccv/c02c366aa7614fe98672c8a32cc2490e?fileName=Catálogo%20das%20EJs%20-%202021.pdf
6. Brasil Júnior. Informações EJs brasileiras [Internet]. 2020 [acesso em 20 maio 2025].Disponível em: https://brasiljunior.org.br/conheca-o-mej
7. Bogo A, Henning E, Schmitt AC, De Marco RG. The effectiveness of Junior Companies from the view point of engineering students at a Brazilian University. IEEE Glob Eng Educ Conf EDUCON. 2014;2014-May:745–50. https://doi.org/10.1109/EDUCON.2014.6826177
8. Valadão Júnior VM, De Almeida RC, De Medeiros CR. Empresa Júnior: espaço para construção de competências. Adm Ensino Pesqui. 2014;15(4):665. https://doi.org/10.13058/raep.2014.v15n4.1
9. Terrim S, Melo AAR, Jácomo AL. Empreendedorismo em saúde: relato de um modelo de Empresa Júnior em Medicina. Rev Med. 2015;94(2):94-8 https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v94i2p94-98
10. Recine E, Alves KPS, Monego E, Sugai A, Melo ACM. Formação profissional para o SUS: análise de reformas curriculares em cursos de graduação em nutrição. Avaliação (Campinas). 2018;23(3):679-97. https://doi.org/10.1590/S1414-40772018000300007
11. Peruzzo HE, Marcon SS, Silva IR, Peres AM, Costa MA, et al. Intervenção educativa sobre competências gerenciais com enfermeiros da Estratégia Saúde da Família. Acta Paul Enferm. 2022;35:eAPE039015634 https://doi.org/10.37689/acta-ape/2022AO015634ResearchGate
12. Pereira R, Martins S, Gomes L, Cainé J, Macedo AP. Competência emocional dos profissionais de saúde num contexto de uma unidade de cuidados coronários: estudo de abordagem qualitativa com recurso a tecnologias online. Ver PortInvestigComport Soc. 2022;8(1):1–12. https://doi.org/10.31211/rpics.2022.8.1.228
13. Cabral BIP, Santos ICO, Flores IFFC, Coelho YCM. Studygrams e a formação profissional em Nutrição: relato de uma experiência em Educação Alimentar e Nutricional. Ver SocDesenvolv. 2022;11(3):e28711326410. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26410
14. Duarte GR, Maria H, Paiano A. A influência do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) na formação acadêmica. RSBO. 2022;19(1):82–7. https://doi.org/10.21726/rsbo.v19i1.1762
15. Brasil. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CES nº 576/2023, aprovado em 9 de agosto de 2023 - Revisão da Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014-2024 e dá outras providências. [Internet]. 2023 [acesso em 20 maio 2025].Disponível em: https://portal.mec.gov.br/docman/agosto-2023-pdf/251001-sum008-23-parecer-ces-576-2023/filePortal do MEC
16. Souza da Silva Koglin T, Koglin JCDO. A importância da extensão nas universidades brasileiras e a transição do reconhecimento ao descaso. Ver Bras Extensão Univ. 2019;10(2):71-8. https://doi.org/10.24317/2358-0399.2019v10i2.10658
17. Vieira VL, Leite C, Cervato-Mancuso AM. Formação superior em saúde e demandas educacionais atuais: o exemplo da graduação em Nutrição. Educ Soc Cult. 2013;39:25-42. [acesso em 20 maio 2025].Disponível em: https://www.fpce.up.pt/ciie/sites/default/files/03.Viviane_etal.pdf
18. Soares NT, De Aguiar AC. Diretrizes curriculares nacionais para os cursos de nutrição: avanços, lacunas, ambiguidades e perspectivas. Rev Nutr. 2010;23(5):895–905. https://doi.org/10.1590/S1415-52732010000500019
19. Endeavor Brasil, SEBRAE. Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras. 2016.[acesso em 20 maio 2025]. Disponível em: https://endeavor.org.br/ambiente/pesquisa-universidades-empreendedorismo-2016/ https://sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Relatorio%20Endeavor%20impressao.pdf
20. Rocha LF, Rocha LM, Santos MAS, Brabo MF. Empreendedorismo universitário: avaliação do perfil do Movimento Empresa Júnior em uma Instituição Federal de Ensino Superior na Amazônia. RevSocDesenvolv. 2020;9(8):1–23. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.4787
21. Campos EBD, Abbad GS, Ferreira CZ, Negreiros JLXM. Empresas juniores como espaços de apoio à formação profissional de estudantes universitários brasileiros. Ver PsicolOrgan Trab. 2014;14(4):452-63. [acesso em 20 maio 2025]. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-66572014000400011
22. Bacigalupo M, Kampylis P, Punie Y, Van den Brande G. Entre Comp: the entrepreneur ship competence framework [Internet]. JRC Science for Policy Report. 2016. 35 p. [acesso em 20 maio 2025]. Disponível em: https://op.europa.eu/en/publication-detail/-/publication/5e633083-27c8-11e6-914b-01aa75ed71a1/language-en
23. Valadão Júnior VM, Almeida RC, Medeiros CR. Empresa Júnior: espaço para construção de competências. Adm Ensino Pesqui. 2014;15(4):665. https://doi.org/10.13058/raep.2014.v15n4.1
24. Proex-UFMG. Participação voluntária de discentes da UFMG em atividades de extensão [Internet]. 2020 [acesso em 20 maio 2025].Disponível em: https://cenex.eci.ufmg.br/wp-content/uploads/2020/07/faq-voluntar-1.pdf
25. Brasil Júnior. Censo e Identidade Relatório 2018 [Internet]. 2018 [acesso em 20 maio 2025]. Disponível em: https://static.brasiljunior.org.br/static-files/%5BBRASIL_JÚNIOR%5D_Censo_e_Identidade_2018.pdf
26. Almeida J, Daniel AD, Figueiredo C. The future of management education: The role of entrepreneur ship education and junior enterprises. Int J Manag Educ. 2021;19(1):100318. https://doi.org/10.1016/j.ijme.2019.100318
27. Brasil Júnior. Relatório de Legado 2020 [Internet]. 2021 [acesso em 20 maio 2025]. Disponível em: https://brasiljunior.org.br/portal-da-transparencia
28. Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES). V Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos (as) Graduandos (as) das IFES - 2018 [Internet]. 2019 [acesso em 20 maio 2025];v:66. Disponível em: https://www.andifes.org.br/?p=88767
29. Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). Perfil dos nutricionistas no Brasil [Internet]. 2021 [acesso em 20 maio 2025]. Disponível em: http://pesquisa.cfn.org.br/
30. Albuquerque VS, Gomes AP, Rezende CHA, Sampaio MX, Dias OV, Lugarinho RM. A integração ensino-serviço no contexto dos processos de mudança na formação superior dos profissionais da saúde. Ver BrasEduc Med. 2008;32(3):356–62. https://doi.org/10.1590/S0100-55022008000300010
31. Silva Franco D, ZortoSeibert A. A importância da Empresa Júnior para uma aprendizagem andragógica. Cad Prof Adm UNIMEP [Internet]. 2018 [acesso em 20 maio 2025];8(1):127–47. Disponível em: http://www.cadtecmpa.com.br/ojs/index.php/httpwwwcadtecmpacombrojsindexphp/article/view/94/92
32. Lautenschlager FB. Percepção dos graduandos sobre o desenvolvimento de competências em uma Empresa Júnior de Psicologia [Internet]. 2009 [acesso em 20 maio 2025]. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/92411
33. Silva PS, Pereira ECS, Guimarães JC. Educação empreendedora no ensino superior: uma análise sob a perspectiva dos estudantes de Administração. Rev Pensam ContempAdm [Internet]. 2021;15(4):82–100. https://doi.org/10.12712/rpca.v15i4.51262
34. Vázquez JL, Lanero A, Gutiérrez P, García MP. Fostering entrepreneurship at the university: a Spanish empirical study. Transylv Ver AdmSci. 2011;(32):252–76. [acesso em 20 maio 2025]. Disponível em: https://rtsa.ro/tras/index.php/tras/article/view/278
35. Faleiros F, Käppler C, Augusto F, Pontes R, Souza S. Uso de questionário online e divulgação virtual como estratégia de coleta de dados. Texto Contexto Enferm. 2016;25(4):e03880014. https://doi.org/10.1590/0104-07072016003880014
36. Gil RF, Camelo SHH, Laus AM. Atividades do enfermeiro de centro de material e esterilização em instituições hospitalares. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2013 [acesso em 20 maio 2025]; 22(4):927–34. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/sXk7Z8XjzBGwnzJjHYB4hzp/?format=pdf&lang=pt
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Gabriela Gomes de Paiva, Mariana Dardes Bastos, Bruna Vieira de Lima Costa

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
DECLARACIÓN DE RESPONSABILIDAD
Título del manuscrito: ________________________________________________________
1. Declaración de responsabilidad
Certifico mi participación en el trabajo arriba titulado y hago pública mi responsabilidad por su contenido.
Certifico que el manuscrito representa un trabajo original y que ni éste ni ningún otro trabajo de mi autoría, en parte o en su totalidad, con contenido sustancialmente similar, fue publicado o fue enviado a otra revista, ya sea en el formato impreso o en el electrónico, excepto el descrito en el anexo.
En caso de aceptación de este texto por parte de Demetra: Alimentação, Nutrição & Saúde, declaramos estar de acuerdo con la política de acceso público y derechos de autor adoptada por Demetra, que establece lo siguiente: (a) los autores conservan los derechos de autor y la concesión a la revista el derecho de la primera publicación, el trabajo se licencia simultáneamente bajo la Licencia Creative Commons Attribution, que permite compartir el trabajo con el reconocimiento de autoría y la publicación inicial en esta revista; (b) los autores están autorizados a firmar contratos adicionales por separado para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en un repositorio institucional o capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista; y (c) a los autores se les permite y alientan a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede conducir a cambios productivos, así como aumentar el impacto y la cita del trabajo publicado.
2. Conflicto de interesses
Declaro no tener conflicto de intereses con el presente artículo.
Fecha, firma y dirección completa de todos los autores.