PROFILE OF LAWSUITS OVER THE ACCESS TO FOOD FORMULAS FORWARDED TO THE BRAZILIAN MINISTRY OF HEALTH
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2014.10504Keywords:
Direito à Saúde, Política de Saúde, Decisões Judiciais, Programas e Políticas de Alimentação e NutriçãoAbstract
Introduction: Health-related lawsuits against public agencies - including requests for industrialized food formulas - have increased exponentially in Brazil over the last few years. They pose a significant challenge to managers of Brazil's Unified Health System (SUS). As health and feeding are rights under the Federal Constitution, filing of lawsuits has become a challenge to be faced by the Government. Objective: To describe lawsuits over access to food formulas against the Ministry of Health in Brazil in 2013. Methods: Exploratory and descriptive study of lawsuits against the Ministry of Health in 2013. Descriptors included: gender, age and disease of those who requested formulas, region of origin, food formulas, legal representation, diagnostic confirmation and origin of prescription of food formulas. Results: Between 2007 and 2013, there was a growing number of lawsuits over industrialized nutritional formulas forwarded to the Ministry of Health. The analysis of 168 lawsuits filed in 2013, helped to identify the profile of complainants. Their ages range was below two years old and above 41 years old; 53% of them were male, and had mainly neurological diseases (39.3%) and endocrine, nutritional and metabolic diseases (33.9%). The majority of lawsuits was filed in the South (36.9%). Over half of nutritional formulas were prescribed by public health services (53.9%) and most of the lawsuits were represented Public Defenders (65.6%). There was a small number of cases that had diagnostic confirmation (40.5%), especially when cases of allergies/food intolerance were identified. Conclusion: The analysis of the profile of lawsuits made in the present study raises issues rarely discussed in the area of food and nutrition; moreover, it provides information that may contribute to the organization of nutritional care in the Unified Health System (SUS).
DOI: http://dx.doi.org/10.12957/demetra.2014.10504
Downloads
References
Ventura M, Simas L, Pepe VLE, Schramm FR. Judicialização da saúde, acesso à justiça e a efetividade do direito à saúde. Rev. Saúde Col. 2010; 20(1):77-100.
Medeiros M, Diniz D, Schwartz IVD. A tese da judicialização da saúde pelas elites: os medicamentos para mucopolissacaridose. Cien. Saúde Coletiva 2013; 4(18):1089-98.
Gontijo GD. A judicialização do direito à saúde. RMMG. 2010; 20(4):606-11.
Pepe VLE, Figueiredo TA, Simas L, Osorio-de-Castro CGS, Ventura M. A judicialização da saúde e os novos desafios da gestão da assistência farmacêutica. Ciênc. Saúde Coletiva. 2010; 15 (5):2405-14.
Santos JS, Bliachiene AC, Ueta J. A via judicial para o acesso aos medicamentos e o equilíbrio entre as necessidades e desejos dos usuários do Sistema de Saúde e da indústria. Boletim do Instituto de Saúde 2010; 13(1):66-75.
Brasil. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União 29 set. 1990.
Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.
Martins AS, Rezende NA, Torres HG. Sobrevida e complicações em idosos com doenças neurológicas em nutrição enteral. Rev. Assoc. Med. Bras. 2012; 58(6):691-97.
Brasil. Portaria nº 120, de 14 de abril de 2009. Estabelece Normas de Classificação e Credenciamento/ Habilitação dos Serviços de Assistência de Alta Complexidade em Terapia Nutricional Enteral e Enteral/ Parenteral e dá outras providências. Diário Oficial da União 20 abr. 2009.
Brasil. Portaria nº 1307, de 22 de novembro de 2013. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Fenilcetonúria. Diário Oficial da União 25 nov 2013.
Brasil. Portaria nº 533, de 28 de março de 2012. Estabelece o elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União 29 mar. 2012.
Fink JS, Mello ED, Picon PD. Impactos da implementação de um centro de referência em fórmulas nutricionais especiais. Revista da AMRIGS. 2010; 54(2):133-140.
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. Carta de Brasília. XXIX Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde; 07-10 jul. 2013; Brasília, DF. Brasília: CONASEMS; 2013.
Brito RJS. A judicialização do direito à saúde: uma revisão bibliográfica da produção científica nacional [monografia]. Brasília: Universidade de Brasília; 2011.
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP 2). Florianópolis: SBMFC; 2010. [acesso em 10 abr. 2014]. Disponível em: http://www.sbmfc.org.br/media/file/CIAP%202/CIAP%20Brasil_atualizado.pdf
Rizzo A. Sem remédio. Estado de Minas. 8 jun. 2008. Primeiro Caderno. p. 6.
Diniz D, Machado TRC, Penalva J. A judicialização da saúde no Distrito Federal, Brasil. Cienc. Saúde Coletiva 2014; 19(2):591-198.
Gomes FFC, Cherchiglia ML, Machado CD, Santos VC, Acurcio FA, Andrade EIG. Acesso aos procedimentos de média e alta complexidade no Sistema Único de Saúde: uma questão de judicialização. Cad. Saúde Pública 2014; 30(1): 31-43.
Medici AC. Judicialização, integralidade e financiamento da saúde. Rev. Diagn. e Tratamento 2010;15(2):81-7.
Tavares GRP, Silva DM, Barcelos PC, Ribeiro C, Moreira GL. Diagnóstico das ações judiciais direcionadas à Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. Anais do III Congresso Consad de Gestão Pública; 15-17 maio 2010; Brasília: CONSAD; 2014. [acesso em 4 abr. 2014]. Disponível em: <http://www.escoladegoverno.pr.gov.br/arquivos/File/Material_%20CONSAD/paineis_III_congresso_consad/painel_9/diagnostico_das_acoes_judiciais_direcionadas_a_secretaria_de_estado_da_saude_do_espirito_santo.pdf>
Pereira JR, Santos RI, Nascimento Junior JM, Schenkel EP. Análise das demandas judiciais para o fornecimento de medicamentos pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina nos anos de 2003 e 2004. Cien. Saúde Coletiva 2010; 15(3):3551-60.
Machado MAA, Acurcio FA, Brandão CMR, Faleiros DR. Judicialização do acesso a medicamentos no Estado de Minas Gerais, Brasil. Rev. Saúde Pública 2011; 45(3):590-8.
Lebrão ML, Duarte YAO. O Projeto SABE no município de São Paulo: uma abordagem inicial. Brasília: OPAS; 2003.
Koletzko S, Niggemann B, Arato A, Dias JJ, Heuschkel R, Husby S, et al. Diagnostic approach and managemant of cow’s-milk protein allergy in infants and children: ESPGHAN GI Committee Practical Guidelines. JPGM 2012; 55(2):221-29.
Faleiros DR, Guerra Junior AA, Zsuster DAC, Gurgel EA, Macedo VL. A questão das demandas judiciais por medicamentos no SUS. Anais da III Jornada da Associação Brasileira de Economia da Saúde; 10-12 set. 2006; Fortaleza, CE. São Paulo: ABRES; 2006. Disponível em: http://abresbrasil.org.br/trabalhos/questao-das-demandas-judiciais-por-medicamentos-no-sus.html.
Edais VL, Ventura M, Sant’ana JMB, Figueiredo TA, Souza VR, Simas L. Caracterização de demandas judiciais de fornecimento de medicamentos “essenciais” no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saude Publica 2010; 26(3):461-471.
Penalva J. Judicialização do direito à saúde: o caso do Distrito Federal. Belo Horizonte: Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero; 2011.
Travassos DV, Ferreira RC, Vargas AMC, Moura RNV, Conceição EMA, Marques DF, et al. Judicialização da Saúde: um estudo de caso de três tribunais brasileiros. Cien. Saúde Coletiva 2013; 18(11):3419-3429.
Marques SB. O direito ao acesso universal a medicamentos no Brasil: diálogos entre o direito, a política e a técnica médica [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2011.
Araujo LM, Fraga AJA, Neta AMA, Souza LRB. Judicialização da saúde: uma revisão da literatura. Rev. Enf. UFPI 2013; 2(2):49-54.
Chieffi AL. Barata RCB. Ações judiciais: estratégia da indústria farmacêutica para introdução de novos medicamentos. Rev. Saúde Pública 2010; 44(3):421-9.
Barroso LR. Da falta de efetividade à judicialização à saúde: fornecimento gratuito de medicamentos e parâmetros para atuação judicial. Rio de Janeiro: Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro; 2008.
Marques SB, Dallari SG. Garantia do direito social à assistência farmacêutica no Estado de São Paulo. Rev Saúde Pública 2007; 41:1001-7.
Vieira FS, Zucchi P. Distorções causadas pelas ações judiciais à política de medicamentos no Brasil. Rev Saúde Pública 2007; 42(2):214-22.
Messeder A, Osório-de-Castro CGS, Luiza VL. Mandados judiciais como ferramenta para garantia do acesso a medicamentos no setor público: a experiência do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saúde Pública 2005; 21(2):525-34.
Romero LC. Judicialização das políticas de assistência farmacêutica: o caso do Distrito Federal. Textos para discussão. Brasília: Consultoria Legislativa do Senado Federal; 2008.
Brasil. Resolução RDC nº 63, de 06 de julho de 2000. Aprova o Regulamento Técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral. Diário Oficial da União 07 jul. 2000.
Mitne C. Preparações não-industrializadas para Nutrição Enteral. In: Waizberg DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3 ed. São Paulo: Atheneu; 2006. p. 629-657.
Dreyer E, Brito S, Santos MR, Giordano LCRS. Nutrição enteral domiciliar: manual do usuário: como preparar e administrar a dieta por sonda. 2 ed. Campinas, SP: Hospital de Clinicas da UNICAMP; 2011. 33 p.
Angell M. A verdade sobre os laboratórios farmacêuticos: como somos enganados e o que podemos fazer a respeito. Rio de Janeiro: Record; 2007.
Nestle M. Food company sponsorship of nutrition research and Professional activities: a conflict of interest? Public Health Nutrition 2001; 4(5):1015-1022.
Fitzgerald GA. Drugs, industry and academia. Science 2008; 320(5883):1563.
Sillup GP, Porth SJ. Ethical issues in the pharmaceutical industry: an analysis of US newspapers. Intern J. Pharm. Healthcare Marketing 2008; 2(3):163-180.
Margetts B. Time to agree guidelines and apply an ethical framework for public health nutrition. Public Health Nutrition 2009; 12(7):885-886.
Miguelote VRS, Camargo Junior KR. Indústria do conhecimento: uma poderosa engrenagem. Rev. Saúde Pública 2010; 44(1):190-6.
Freedhoff Y, Hébert PC. Partnerships between health organizations and the food industry risk derailing public health nutrition. CMAJ 2011; 183(3):291-292.
Soares JCRS, Deprá AS. Ligações perigosas: indústria farmacêutica, associações de pacientes e as batalhas judiciais por acesso a medicamentos. Physis 2012; 22(1):311-29.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
STATEMENT OF AUTHORSHIP RESPONSIBILITY
Title of the manuscript:
________________________________________________________
1. Statement of responsability
I certify that I have participated in the work above specified and take public responsibility for its content.
I certify that the manuscript represents an original work and that none of the material in the manuscript has been previously published, is included in another manuscript, or is currently under consideration for publication elsewhere, whether in printed form or in electronic media, except that described in the attachment.
In case of acceptance of this text by Demetra: Alimentação, Nutrição & Saude, I declare to be in accordance with the policy of public access and copyright adopted by Demetra, which provides as follows: (a) the authors retain the copyright and grant to the Journal the right of first publication, the work being simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License, which allows the sharing of the work with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal; (b) authors are authorized to enter additional contracts separately for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publishing in institutional repository or book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal; and (c) authors are permitted and encouraged to post and distribute their work online (eg, in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this may lead to productive changes, as well as increase the impact and citation of the published work.
2. Conflict of Interest Statement
I certify that there is no conflict of interest in connection with the submitted article.
Date, signature and full address of all authors.