NUTRICIONISTA EM ATENÇÃO BÁSICA: A VISÃO DO USUÁRIO

Autores

  • Pauline Müller Pacheco Programa de Pós Graduação em Epidemiologia. Departamento de medicina Social. Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Maurem Ramos Nutricionista, professora do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.12957/demetra.2014.9558

Palavras-chave:

Nutricionista. Atenção Primária à Saúde. Percepção. Participação do Paciente. Relações Profissional-Paciente.

Resumo

Introdução: Este estudo tem por objetivo conhecer a percepção dos usuários do SUS sobre a atuação dos nutricionistas em atenção primária, identificar se o usuário reconhece este trabalho como importante para sua saúde e quais são suas expectativas em relação ao mesmo. Métodos: Foram realizadas entrevistas semiestruturadas individualmente com usuários de Unidades Básicas de Saúde, atendidos ou não pela nutricionista da unidade. As entrevistas foram transcritas e realizou-se análise textual discursiva. Resultados: O nutricionista foi corretamente associado a alimento, alimentação e nutrição; entretanto, os limites de sua atuação são tênues, apontando para uma fraca identidade profissional. O trabalho desenvolvido foi avaliado sempre positivamente e reconhecido como importante para a saúde dos usuários. As expectativas da prática apontam para a necessidade de um atendimento humanizado e integral, com mais ações voltadas para o coletivo – comunidade e trabalho em equipe –, concordando com as políticas de saúde vigentes. Conclusão: Sugere-se que, para alcançar as expectativas depositadas pelos usuários e avançar no processo de profissionalização, é necessário haver escuta e observação das demandas, reavaliando-se o processo de formação e o cotidiano da prática, com vistas aos novos paradigmas da atenção básica e da promoção da saúde.

DOI: http://dx.doi.org/10.12957/demetra.2014.9558

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Pauline Müller Pacheco, Programa de Pós Graduação em Epidemiologia. Departamento de medicina Social. Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Nutricionista (CRN 9499), formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com residência em Atenção Básica em Saúde Coletiva pela Escola de Saúde Pública/RS. Atualmente mestranda do programa de pós graduação em Epidemiologia da UFRGS na linha de pesquisa de Epidemiologia Nutricional.

Maurem Ramos, Nutricionista, professora do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil

Sou Graduada em Nutrição pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1976), Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2000) e Doutora em Ciencias da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2008). Sou professora do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Minha área de atuação é em Nutrição Social com regência em Educação Alimentar/nutricional, supervisora do internato de nutrição social .

Referências

OLIVEIRA, D. C. D. et al. A política pública de saúde brasileira: representação e memória social de profissionais. Cadernos de Saúde Pública, v. 24, p. 197-206, 2008. ISSN 0102-311X. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2008000100020&nrm=iso >.

FERREIRA, V. A.; MAGALHÃES, R. Nutrição e promoção da saúde: perspectivas atuais. Cadernos de Saúde Pública, v. 23, p. 1674-1681, 2007. ISSN 0102-311X. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000700019&nrm=iso >.

(1988)., B. C. Emenda constitucional nº 64, de 4 de fevereiro de 2010. 2010.

NUTRIÇÃO., B. M. D. S. S. D. A. Á. S. D. D. A. B. C.-G. D. A. E. Política nacional de alimentação e nutrição 2011.

SILVA, G. G. A. D.; EGYDIO, M. V. R. M.; SOUZA, M. C. D. Algumas considerações sobre o controle social no SUS: usuários ou consumidores? Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 23, n. 53, p. 37-42, 1999. 1999.

SAÚDE., B. M. D. S. S. D. A. À. Diretrizes e recomendações para o cuidado integral de doenças crônicas não-transmissíveis: promoção da saúde, vigilância, prevenção e assistência. 2008a.

LEVY, F. M.; MATOS, P. E. D. S.; TOMITA, N. E. Programa de agentes comunitários de saúde: a percepção de usuários e trabalhadores da saúde. Cadernos de Saúde Pública, v. 20, p. 197-203, 2004. ISSN 0102-311X. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2004000100036&nrm=iso >.

RAMOS, D. D.; LIMA, M. A. D. D. S. Acesso e acolhimento aos usuários em uma unidade de saúde de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, p. 27-34, 2003. ISSN 0102-311X. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2003000100004&nrm=iso >.

SHIMIZU, H. E.; ROSALES, C. Family perspective on a family care program. Rev Lat Am Enfermagem, v. 16, n. 5, p. 883-8, 2008 Sep-Oct 2008. ISSN 0104-1169. Disponível em: < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061026 >.

BOSI, M. L. M. - Profissionalização e conhecimento : a nutrição em questão. 1996. ISSN - 8527103230.

MINAYO, M. C. D. S. - O desafio do conhecimento : pesquisa qualitativa em saúde. 2010. ISSN - 9788527101813.

MORAES, R. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Ciência & Educação (Bauru), v. 9, p. 191-211, 2003. ISSN 1516-7313. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-73132003000200004&nrm=iso >.

PINHEIRO, R. S. et al. Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 7, p. 687-707, 2002. ISSN 1413-8123. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232002000400007&nrm=iso >.

YPIRANGA, L., GIL, M.F. Formação profissional do nutricionista: por que mudar? In: SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE ENSINO DE NUTRIÇÃO, 2., 1989. Goiânia. Anais... Goiânia: FEBRAN, 1989. p. 19-36. 1989.

FAMÍLIA., B. M. D. S. S. D. A. À. S. D. D. A. B. E. S. D. Política nacional de atenção básica. 2006b.

LIMA, E. D. S. Gênese e constituição da educação alimentar: uma síntese. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 7, p. 9-29, 1997. ISSN 0103-7331. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73311997000200002&nrm=iso >.

SANTOS, L. A. D. S. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis. Revista de Nutrição, v. 18, p. 681-692, 2005. ISSN 1415-5273. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732005000500011&nrm=iso >.

GIL, M. D. F. Recursos humanos em nutrição no Brasil: nutricionistas. Cadernos de Saúde Pública, v. 2, p. 561-569, 1986. ISSN 0102-311X. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1986000400014&nrm=iso >.

BANDUK, M. L. S.; RUIZ-MORENO, L.; BATISTA, N. A. A construção da identidade profissional na graduação do nutricionista. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 13, p. 111-120, 2009. ISSN 1414-3283. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832009000100010&nrm=iso >.

PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A. D.; LABORATÓRIO DE PESQUISAS SOBRE PRÁTICAS DE INTEGRALIDADE EM, S. - Cuidado : as fronteiras da integralidade. 2008. ISSN - 9788589737449.

NUTRIÇÃO., B. M. D. S. C. N. D. P. D. A. E. 10 passos para uma alimentação saudável para pessoas adultas. 2007.

HUMANIZAÇÃO., B. M. D. S. S.-E. N. T. D. P. N. D. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. 2004b.

FAMÍLIA., B. M. D. S. S. D. A. À. S. D. D. A. B. E. S. D. Matriz de ações de alimentação e nutrição na atenção básica de saúde. Brasília, DF: MS, 2009. 2009.

CECCIM, R. B. et al. Imaginários da formação em saúde no Brasil e os horizontes da regulação em saúde suplementar. Ciência & Saúde Coletiva, v. 13, p. 1567-1578, 2008. ISSN 1413-8123. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000500021&nrm=iso >.

BUSS, P. M.; FERREIRA, J. R. Atenção primária e promoção da saúde. . In: BRASIL. Ministério da Saúde. Projeto Promoção da Saúde. Promoção da Saúde. Brasília, DF: MS, 2001. p.7-14. 2001.

BUSS, P. M. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciência & Saúde Coletiva, v. 5, p. 163-177, 2000. ISSN 1413-8123. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232000000100014&nrm=iso >.

LOPES, E. M.; ANJOS, S. D. J. S. B. D.; PINHEIRO, A. K. B. Tendência das ações de educação em saúde realizadas por enfermeiros no Brasil. Rev. enferm., Rio de Janeiro, v. 17, n. 2, p. 273-277, abr./jun. 2009. 2009.

Publicado

2014-10-13

Como Citar

Pacheco, P. M., & Ramos, M. (2014). NUTRICIONISTA EM ATENÇÃO BÁSICA: A VISÃO DO USUÁRIO. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 9(2), 483–501. https://doi.org/10.12957/demetra.2014.9558

Edição

Seção

ARTIGOS DE TEMA LIVRE