tempos e corpos no filosofar da infância
Palavras-chave:
filosofía, infancia, tiempo aiónicoResumo
Nesse texto damos o testemunho de alguns dos resultados obtidos na realização de um projeto de investigação-ação, durantes os anos de 2007 e 2008. Nos dedicamos a fazer a experiência de instalar “comunidades de crianças pequenas com pensamentos próprios”, em uma escola rural e em salas de aula de educação infantil, em El Bolsón e em Bariloche, respectivamente, localidades rionegrinas da Patagônia argentina. Destacamos, em particular, nossas considerações em relação à dimensão temporal que prevalece nos espaços e nos dispositivos do “filosofar” com crianças pequenas: uma dimensão que corresponde mais ao caráter aionico que ao caráter cronológico do ato de pensar, de um pensar que se constrói coletivamente, e no qual as manifestações corporais, no processo de expressão do pensamento, se tornam mais evidentes. Durante esse projeto, nos foi possível constatar, além disso, a eficácia do dispositivo utilizado: a freqüência semanal de 40 a 50 minutos de duração, a roda, o uso do microfone ou de outra maneira simbólica para distribuir a palavra, a escuta atenta, o respeito aos momentos de ter a palavra, o clima de confiança que permitia qualquer fala ou pergunta sem o medo de serem desvalorizadas, o foco da discussão em tema de interesse de todos. Dessa maneira, a experiência também construiu uma forma vivencial de diálogo democrático e de construção do pensamento coletivo; uma forma de criação do “comum” para o grupo em questão, de elaboração de referencias culturais próprios que permitiram um melhor conhecimento de si e dos outros. Iniciamos o artigo dialogando com alguns dos propósitos expressados no número anterior da revista, no diálogo virtual mantido entre D. Kennedy e W. Kohan.Downloads
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Publicado
2009-06-28
Como Citar
HECKER, Arianne; REBAGLIATI, María silvia. tempos e corpos no filosofar da infância. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 5, n. 9, p. pp. 173–197, 2009. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20595. Acesso em: 1 maio. 2025.
Edição
Seção
experiências