A QUESTÃO DO PODER EM AUTO DA FEIRA
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2007.4718Abstract
Analisando os tipos sociais representados pelos personagens daobra de Gil Vicente, podemos perceber a divisão de classes vigente noséculo XVI – nobreza, clero e povo – e como estas últimas lidam com aquestão do bom caráter e da virtude em contraposição à busca exasperadapor riqueza e poder, que na maioria das vezes leva as pessoas a utilizaremmeios nada éticos a fim de alcançarem tal objetivo. Através da falasdessas personagens, é possível perceber que cada uma delas é o retrato deuma das múltiplas facetas das relações sociais hierárquicas existentes,não só na época de Vicente, como também em nossos dias. Com umalinguagem metafórica e altamente sutil, o famoso escritor português denunciao caráter (ou, melhor dizendo, a falta deste) de tais camadas sociais,exortando os espectadores da peça analisada a se despirem suas capasde falsa moralidade, mostrarem-se como realmente são e trilharem o caminhoreto. Pode-se notar, também, que a ligação entre dinheiro e podertambém gera as suas contradições, como: mulheres bonitas alheias à realidadesocial; uma nobreza que tenta comprar a paz para ver-se livre dasguerras que ela mesma provoca; e a Igreja ditando normas que ela mesmanão pode cumprir. O objetivo principal do auto, além de mostrar os problemassociais concernentes a Portugal e a qualquer reino contemporâneo,é suscitar aos espectadores uma reflexão acerca de seus atos iníquos,levando-os a se conscientizarem de que o caráter que possuem não équestão de destino, mas de livre arbítrio, sendo cada um responsável porseus atos.Downloads
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