A violência marcante em Ressurreição
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2013.5860Palavras-chave:
Desigualdade social, Injustiça, Crença.Resumo
RESUMO: O presente trabalho tem por meta a análise do romance Ressurreição, de Léon Tolstói. Visa-se o estudo das críticas feitas pelo autor a partir de uma narrativa que avança em direção à essência das contradições sociais e ao conflito de consciência do protagonista que se vê desafiado pelas situações que lhe são apresentadas: a violência entre as classes (como, por exemplo, a violação da jovem empregada por Nekhludov), a injustiça, o sistema prisional, a propriedade como mantenedora da desigualdade, etc.. Nesse conflito, crenças e costumes serão formas de tormenta para o personagem protagonista. Um conflito que é também do autor, mostrando haver na obra pontos biográficos. Os estudos de Lukács, Watt e Zweig darão base para entendermos a estrutura da narrativa do romance, de cunho realista, que se desdobra em dois vieses: a relação do protagonista com sua amada (a Maslova) e o conflito gerado pela insatisfação daquele com a situação social do país. Com Zweig haverá possibilidade de compreendermos melhor o pensamento do próprio autor. Uma comparação com os trabalhos de Rousseau acerca das críticas feitas à propriedade será estabelecida. O estabelecimento e a divisão de terras em propriedades é, no pensamento dos autores, o fator primordial para o surgimento da desigualdade social bem como a violência estabelecida como resultado dessa desigualdade. DOI 10.12957/soletras.2013.5860
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