Por uma semiótica do mal: “The imp of the perverse”, de Edgar Allan Poe
DOI :
https://doi.org/10.12957/soletras.2012.5038Mots-clés :
Semiótica do mal. Paródia. Metaconto. Teoria da impulsividade.Résumé
Publicado pela primeira vez no Graham´s Lady´s and Gentleman´s Magazine, emjulho de 1845, o conto “The imp of the perverse”, de Edgar Allan Poe, trata de um insólitoacontecimento: o assassinato premeditado por intermédio de um ato de leitura. Procurandodesvendar a causa secreta da impulsividade humana, Poe questiona a acepção da liberdade, jáque o homem é livre na medida em que o gesto do pensamento pode ser sua perdição. Ouseja, se o narrador em primeira pessoa infringe a lei, buscando a liberdade, consegue esta nasua própria impossibilidade: é livre para perder o direito de sê-lo. Desse modo, o paradoxo doautor de O corvo se constrói mediante a proliferação do “gênio maligno”, de René Descartes,descrito em suas Meditações, a qual se afirma por uma semiótica do mal, procedimento quetem na anatomia do impulso seu móbil particular.Téléchargements
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