Os dois Teodoros: mutações do Gótico de Horace Walpole a E. T. A. Hoffmann
DOI :
https://doi.org/10.12957/soletras.2014.11273Mots-clés :
Ficção gótica, Romantismo, Horace Walpole, E. T. A. Hoffmann.Résumé
O presente artigo visa analisar, teórica e comparativamente, os aspectos imaginativos ligados ao universo noturno da prosa gótica, dos inícios, com O castelo de Otranto (1764), de Horace Walpole (1717-1797), até a consolidação da novela noturna alemã (Nachtstück), através do cotejo daquela obra com o conto O morgadio (1816), de E. T. A. Hoffmann (1776-1822). Busca-se, desse modo, compreender o início da verticalização autoconsciente do gênero horror, visto como uma das vertentes imaginativas da literatura romântica, de sua ânsia verossimilhante inicial até o surgimento de uma nova postura mimética (imaginativa), mais metalinguística e intertextual, que homenageia o Gótico inicial ao tempo que propõe novos aprofundamentos psicológicos. Compreende-se que o Gótico inicial ainda está ligado às imposições do métron e decoro classicistas, apesar dos textos teóricos iniciais (os prefácios) de O castelo de Otranto se referencializarem nas obras do dramaturgo William Shakespeare para compor uma precursora possibilidade de binomia romântica (união do grotesco com o sublime), só efetivamente consubstanciada nas obras do Gótico tardio, como são exemplos vários contos de Hoffmann, que efetivam à perfeição a referida binomia, no óbvio incremento positivo e autoconsciente relativo à categoria do grotesco, em suas conexões com o horror. É graças a este incremento que há o aprofundamento das tipologias iniciais do Gótico e a abertura de espaço para todas as criações artísticas posteriores ligadas ao horror, incluindo as dos dias atuais.Téléchargements
Publié-e
Numéro
Rubrique
Licence
L'approbation des articles implique le transfert immédiat et gratuit des droits de publication dans ce magazine. L’auteur ou les auteurs autorisent le programme de Post-Graduation en Lettres et Linguistique (PPLIN) à le reproduire et à le publier dans le magazine SOLETRAS, les termes "reproduction" et "publication" en accordant avec l'article 5e de la Loi 9610/98. Le ou les auteurs continueront d’avoir le droit d’auteur pour les publications futures. L’article peut être consulté par le réseau informatique mondial (http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras), étant autorisé, à titre gratuit, à la consultation et à la reproduction d’une copie de l’article. Les cas de plagiat ou d'illégalité dans les textes présentés n'engagent que leurs auteurs.