Ressignificações decoloniais da resistência autóctone feminina na história latino-americana: representações literárias de Anacaona
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2024.87622Palabras clave:
Romance histórico contemporâneo de mediação, Conquista” da América, Anacaona, estudos decoloniaisResumen
O gênero romance histórico, por meio das modalidades que apresentam um viés crítico/decolonial (Fleck, 2017), possibilita ressignificações literárias de personagens ocultadas ou subjugadas pela historiografia tradicional hegemônica europeia sobre a colonização da América (Aínsa, 1991; Esteves, 2010). Uma das figuras majoritariamente excluídas dos registros oficiais é Anacaona (Vallejo, 2015), cacica taína que vivia em Guanahaní, território insular que abriga, atualmente, as nações do Haiti e da República Dominicana. Apesar de não figurar nos anais da história ou no imaginário coletivo latino-americano de maneira significativa, Anacaona representa um símbolo de resistência feminina perante a colonização espanhola dos séculos XV e XVI, pois liderou seu povo até ser enforcada e ter sua comunidade dizimada pelos colonizadores hispânicos. Apresentamos, neste artigo, nossa análise comparativa de duas obras nas quais Anacaona é representada ficcionalmente: Anacaona, Golden Flower (2015), de Edwidge Danticat, e Anacaona: la última princesa del Caribe (2017), de Jordi Díez Rojas. Resultado de uma pesquisa bibliográfica e documental, nesta escrita temos como objetivo demonstrar como a imagem dessa autóctone é ressignificada em diferentes diegeses, analisadas comparativamente com documentos da historiografia tradicional como Brevísima relación de la destrucción de las Indias ([1552] 2011), do frei Bartolomeu de Las Casas, e De Orbo Novo ([1530] 1912), do cronista Pietro Martire d’Anghiera. Apontamos, assim, para a potencialidade de ressignificação do passado dos romances históricos contemporâneo de mediação (Fleck, 2017), como projetos literários decoloniais.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
La aprobación de los artículos implica la concesión inmediata y sin coste de los derechos de publicación en esta revista. Los autores autorizan al Programa de Posgrado en Letras y Lingüística (PPLIN) a reproducirlos y publicarlos en la revista SOLETRAS, comprendiendo los términos “reproducción” y “publicación” según la definición del artículo 5º de la ley 9610/98. Los autores seguirán teniendo los derechos de autor en publicaciones posteriores.Se podrá acceder al artículo a través de la red mundial de ordenadores(http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras), siendo permitidas, a título gratuito, la consulta y la reproducción del ejemplar del artículo para elpropio uso del interesado.Casos de plagio o de cualquier ilegalidad en los textos presentados son responsabilidad exclusiva de sus autores.
