O páter-famílias como vilão gótico em Úrsula, de Maria Firmina dos Reis
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2017.30159Keywords:
Narrativa, Ficção, Século XIX, Literatura Brasileira, Gótico, Maria Firmina dos Reis.Abstract
Publicado em 1859 pela escritora maranhense Maria Firmina dos Reis, Úrsula pode ser considerado um dos primeiros romances escritos por uma mulher em nossa Literatura Brasileira. A obra, contudo, permaneceu por longo tempo longe de qualquer apreciação ou análise, e sua autora desapareceu dos nossos registros literários. O presente artigo propõe uma leitura desse romance que só recentemente têm despertado o interesse dos estudos literários brasileiros. Nele, são observáveis várias convenções narrativas góticas, principalmente no que se refere aos procedimentos de caracterização dos vilões, cujas ações transgressoras constituem-se como fonte de horror tanto para as demais personagens quanto para os próprios leitores. Pretendemos levar em conta a tradição a qual Úrsula está filiada: o Gótico, ou, mais especificamente, a vertente feminina do Gótico. Para tal feito, contamos com as proposições de David Punter (1996) e de Fred Botting (1996), e com as teorias a respeito do Gótico feminino de Gilbert & Gubar (1979), Diane Hoeveler (1998) e Anne Williams (1995). Nossa hipótese central é a de que Reis, tal como a de outras escritoras oitocentistas, tenha sido vítima do desprezo com que a historiografia brasileira tratou a poética gótica.
DOI: 10.12957/soletras.2017.30159
Downloads
Published
Issue
Section
License
The approval of the article implies the immediate and free transfer of the publication rights in this journal. The author (s) authorize the Postgraduate Program in Literature and Linguistics (PPLIN) to reproduce it and publish it in Revista SOLETRAS, understanding the terms "reproduction" and "publication" in accordance with Definition of article 5 of Law 9610/98. The author (s) will continue to own the copyright for subsequent publications. The article can be accessed by the world wide web (http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras), being allowed, free of charge, the consultation and the reproduction of copy of the article for own use. Cases of plagiarism or any illegalities in the submitted texts are the sole responsibility of their authors.